Plantação da “Oliveira SNS” assinalou 46 anos do Serviço Nacional de Saúde

17 de Setembro de 2025

A Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha e a Unidade Local de Saúde do Oeste (ULS Oeste) assinalaram no dia 15 de setembro os 46 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a plantação da “Oliveira SNS”, junto ao parque de estacionamento do Serviço de Urgência do hospital.

O objetivo é que, todos os anos, no dia 15 de setembro, seja realizada uma rega simbólica da “Oliveira SNS”, gesto que pretende simbolizar o crescimento e a relevância do SNS.

Com este gesto, Caldas da Rainha junta-se a várias localidades do país que decidiram homenagear António Arnaut, fundador do SNS, através da plantação simbólica de uma oliveira.

A primeira “Oliveira SNS” foi plantada em 2009, no Parque Verde do Mondego, junto ao Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, no âmbito das comemorações dos 30 anos do SNS.

Desde então, por iniciativa de várias entidades, estas oliveiras foram sendo plantadas em diversos municípios, sobretudo na Região Centro, mas também no Norte e no Sul do país.

Em Caldas da Rainha, a árvore foi oferecida e plantada pela empresa JJ Jardins, sediada no concelho, que instalou igualmente um sistema de rega gota a gota para assegurar a sua manutenção. No canteiro, foram ainda colocadas flores amarelas, em alusão às batas usadas pelos voluntários da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar.

A cerimónia contou com a intervenção do médico e presidente da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, Joaquim Urbano, que destacou o simbolismo da iniciativa. “Esta é a nossa singela, mas sincera homenagem ao SNS e a todos os seus profissionais, bem como a todos os que contribuíram para a sua criação até à aprovação da Lei de Bases da Saúde, a 15 de setembro de 1979”, afirmou.

Referindo-se à oliveira como “árvore nobre, robusta e símbolo de paz e sabedoria”, o responsável sublinhou que a sua escolha para representar o SNS “não podia ser mais adequada, já que, tal como a oliveira, que se espalhou por todos os continentes, o SNS deve ser universal, acessível a todos e resiliente perante as adversidades”.

O médico recordou os desafios enfrentados pelo sistema de saúde, como a pandemia, o envelhecimento da população e o aumento da esperança média de vida, destacando que o Hospital das Caldas “tem sabido adaptar-se”, com medidas como o apoio domiciliário, a hospitalização em casa e, mais recentemente, a clínica de ambulatório de Medicina Interna, destinada sobretudo a responder às doenças mais prevalentes nos idosos e a aliviar a urgência.

No final, Joaquim Urbano deixou um desejo de continuidade que no próximo ano “estejamos aqui novamente para a rega simbólica da oliveira, reforçando esta homenagem ao SNS”.

A presidente da ULS Oeste, Elsa Baião, destacou o simbolismo da oliveira plantada nas Caldas. “Esta árvore milenar, enraizada na nossa cultura mediterrânica, é sinal de vida, esperança e resistência. Ao lançarmos as suas raízes, celebramos também o SNS, um dos maiores patrimónios coletivos do povo português”, afirmou.

Para Elsa Baião, o verdadeiro valor do SNS reside nos seus profissionais. “O SNS só vive porque tem rosto, voz e coração. Esse coração são todos os profissionais que, com dedicação, competência e espírito de missão, dão vida diariamente às nossas unidades de saúde. Esta oliveira é também um tributo a cada profissional e voluntário que, muitas vezes em silêncio e com sacrifício, garante que nenhum cidadão fica para trás”, adiantou.

A responsável da ULS Oeste sublinhou ainda a importância de reforçar a missão do SNS. “Que esta árvore cresça forte, lançando raízes profundas no solo fértil da nossa comunidade, tal como o SNS se enraíza na história e no futuro do país. Que os seus ramos simbolizem a união, a solidariedade e a esperança que todos partilhamos”, referiu.

No final da cerimónia, a imprensa questionou Elsa Baião sobre a situação atual da ULS Oeste. A presidente admitiu que a região enfrenta, há muitos anos, dificuldades na área da saúde, mas destacou o esforço contínuo dos profissionais e o compromisso da instituição em assegurar a melhor resposta possível à população.

“Temos muito mais dificuldades do que outras unidades, especialmente na área da obstetrícia, que, apesar de contar com um número muito reduzido de profissionais, consegue manter-se operacional na maior parte dos dias do mês. É um esforço contínuo, mas motivo de grande orgulho”, afirmou.

A falta de recursos humanos foi apontada como o principal constrangimento. “Há mais de 20 médicos em falta no hospital, mas também nos cuidados primários, onde 48% da população não tem médico de família. Temos procurado colmatar estas lacunas com teleconsultas, que têm dado uma resposta satisfatória, mas não substituem a presença física de um profissional”, referiu.

 

Criação da USF Tipo C para trazer mais médicos

 

Para responder a estas carências, a ULS Oeste vai lançar concursos para a criação de Unidades de Saúde Familiar do tipo C (USF Tipo C). Estas unidades funcionam de forma complementar às existentes no SNS, com profissionais do setor social ou privado, e destinam-se a colmatar falhas de cobertura assistencial em zonas sem médicos de família. “O objetivo é trazer médicos de família para áreas carentes, como Óbidos, Bombarral que não têm médico de família e algumas zonas da cidade das Caldas da Rainha. Estas unidades permitirão melhorar a resposta aos cuidados primários e garantir que mais cidadãos tenham acesso a acompanhamento médico regular”, explicou Elsa Baião.

Relativamente aos cuidados intensivos no hospital das Caldas, a responsável adiantou que está em projeto a construção de um novo edifício. Esta obra complexa permitirá reorganizar os serviços, libertar espaços no edifício antigo e criar condições adequadas para os cuidados intensivos. A construção deverá começar apenas no final de 2026 ou início de 2027. “Nada disto invalida a necessidade de um novo hospital, que continua a ser fundamental, sobretudo para resolver problemas de circuitos e espaços atualmente insuficientes”, esclareceu.

 

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