A Arca tem início na próxima sexta-feira, às 18h00, no salão de São Gregório, com uma performance de Luís José Martins, intitulada “partes.extra.partes”, que investiga as relações extrativistas e coloniais na construção de instrumentos ocidentais, através da exploração de uma guitarra romântica do século XIX. A peça mantém-se autónoma em formato de instalação até ao dia 20 de julho.
Em simultâneo é inaugurada a exposição “Um Território Comum”, que reúne trabalhos nas áreas do cinema, artes sonoras e fotografia, desenvolvidos nas residências artísticas do Mestrado em Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR, realizados na Osso.
As atividades recomeçam às 21h00 na Adega Estúdio, nas instalações da Osso, com um concerto de Margarida Garcia, em contrabaixo elétrico.
O encerramento deste dia de abertura fica a cargo de Marta Zapparoli & Alberto Lopes, com o seu universo sonoro singular que combina ondas de rádio auto-gravadas em cassetes, deteção de rádio em tempo real e elementos de guitarra elétrica, cordas estendidas e eletrónicas. A atuação está marcada para as 22h00, no mesmo local.
No dia seguinte, pelas 18h00, é proposto um concerto itinerante com o Coro Social do Bairro, grupo que reinterpreta o cancioneiro tradicional e a música de intervenção. A atuação tem início no salão de São Gregório e termina na Osso.
Às 19h00, na Eira, é a vez de Raquel Lima & Yaw Tembe apresentarem “Rádio é um Osso”, que cria paisagens sonoras a partir de frequências, voz, poesia e trompete. Às 21h30, na Adega Estúdio, os Amuleto Apotropaico apresentam o seu recente disco homónimo, cuja sonoridade transita entre o folclore e as sombras da memória coletiva, juntando elementos predominantemente eletrónicos.
No dia 20 de julho, às 16h00, a Adega Estúdio é palco de um concerto conduzido por António Pedro & Alban Hall “Norquestra”, onde os músicos se propõem interpretar desenhos feitos livremente durante o programa de oficinas para crianças, a “Escola dos Labirintos”.
Pelas 17h00, no mesmo local, é exibido “Regresso”, de Lucas Resende, uma peça de animação stop-motion feita com scanografia, havendo ainda uma conversa com a realizadora para desvendar todo o processo.
Depois de uma breve pausa, nos dias 23 e 24 de julho estão marcadas duas oficinas para adultos. A primeira, “Escrever nas Margens”, orientada pelo crítico e ensaísta Rui Eduardo Paes, visa dar pistas sobre escrita crítica e ensaística na música underground. A segunda, sobre a temática da “Improvisação Sonora: Estratégias para um aqui e agora”, é ministrada por Alfredo Costa Monteiro. Ambas acontecem na Adega Estúdio entre as 15h00 e as 19h00. A participação é feita por inscrição.
No dia 25 de julho, às 19h00, a pianista Joana Gama dá um concerto intimista.
Alfredo Costa Monteiro termina a noite com um concerto na Adega Estúdio, pelas 21h00.
O programa de dia 26 de julho inicia às 19h00 no armazém da Osso, com o octeto de vozes Leida, dirigido por Mariana Dionísio.
Às 21h30, na Adega Estúdio, será a vez do Ensemble de percussão Hemiptera, seguindo-se às 22h00, na Adega Estúdio, um dj set de toda a equipa da Osso.
Os Dias Abertos encerram, no dia 27 de julho, às 16h, na Adega Estúdio, com um concerto de Maria do Mar & Olivier Perriquet.
As atividades terminam no mesmo local com a exibição da curta metragem Mesa Posta, de Beatriz de Sousa, trabalho que revela a violência do quotidiano através da ação de pôr a mesa, e que tem subjacente temas como o assédio e questões familiares.
Na secção de culinária, os manjares serão servidos no dia 19 de julho pelo projeto Grão de Boi (Susana Valadas e Ana Varela), que une arte, culinária e sustentabilidade, valorizando produtos locais, respeitando a sazonalidade e promovendo desperdício zero. No dia 26 de julho é a vez do chef Hugo Brito.
Ao longo de todo o evento a experiência gastronómica será assegurada por uma extensão do restaurante bar Maratona.










