Segundo a autarquia, “representa um marco para o concelho, assumindo-se como um espaço de valorização da identidade local e de partilha do vasto património histórico, artístico e literário que carateriza o território”.
“Pensado para envolver diferentes públicos, o Museu distribui-se por várias salas temáticas que oferecem uma viagem singular pelas origens, formas de expressão e figuras de referência do Bombarral”, descreveu.
Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral, relatou que a requalificação operada “foi extremamente difícil”, mas ultrapassadas as contrariedades o Museu está “preparado para os desafios do século XXI”.
Foram criadas “as condições necessárias de acessibilidade e inclusão, porque acreditamos que a cultura ligada à parte do turismo deve estar ao alcance de todos”. “Com uma museografia contemporânea, o nosso Museu proporciona experiências inclusivas, convidando a descobrir a riqueza deste território”, comentou.
O secretário de Estado do Turismo lembrou que “toda a experiência turística é uma experiência cultural”, revelando que “Portugal é o décimo segundo país mais competitivo do mundo em capacidade de atração turística”.
“Em 2024 gerámos 30 milhões de hóspedes e isso significou mais de 80 milhões de dormidas só no ano. Queremos por isso acreditar que espaços como este, o Museu do Bombarral, são de facto uma âncora para podermos atrair e fixar cada vez mais os turistas”, manifestou Pedro Machado.
O novo museu está organizado em várias salas temáticas. Na Sala Origens, o património arqueológico revela os primeiros passos da humanidade. A Sala do Sagrado explora a profundidade do património religioso, expondo bens como o retábulo de São Brás. A Sala Formas reúne obras de artistas de relevo como Maria Barreira, Vasco Pereira da Conceição, Jorge de Almeida Monteiro e Júlio Pomar, sublinhando a ligação do Bombarral às artes plásticas e ao panorama artístico nacional. A Sala Palavras valoriza o legado literário de figuras como Júlio César Machado e Anrique da Mota, através de uma apresentação envolvente e sensorial.
Para além destas exposições de caráter permanente, estará sempre disponível uma sala para exposições temporárias.
As obras de modernização custaram 2,5 milhões de euros, com fundos comunitários, envolvendo a requalificação do Palácio Gorjão, mobiliário, acessibilidades para todos com elevador e rampas, conteúdos museográficos, comunicação museológica mais interativa e inclusiva, apresentando conteúdos traduzidos em várias línguas e em ‘braille’, e restauro de peças da coleção.
O Palácio Gorjão, edifício que data do século XVII e está classificado como imóvel de interesse público desde 1996, encontrava-se encerrado há vários anos.










