O mundo da cerâmica artesanal nacional apresentou-se na MESTRA

27 de Junho de 2025

A inauguração da exposição “Rainha Mestra”, uma obra colaborativa de azulejos criada por dezenas de ceramistas em homenagem à Rainha D. Leonor, marcou a abertura da MESTRA – Mostra Mercado da Cerâmica, ao final da tarde de 20 de junho.

A instalação assinala os 500 anos do legado da Rainha com uma obra pública que simboliza o espírito colaborativo e identitário da MESTRA, ao envolver os ceramistas participantes nesta mostra.

Durante três dias, mais de 50 ceramistas, artistas e designers de todo o país estiveram a apresentar os seus trabalhos numa tenda gigante instalada no antigo parque das bicicletas, no Parque D. Carlos I.

Foram convidados a participar artesãos das Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria, Aveiro, Covilhã, Porto de Mós, Tomar, Barcelos e Estremoz, os municípios que integram a Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica.

Como seria de esperar, foram os artistas caldenses, ou aqueles que escolheram o concelho para morar apesar de serem originários de outras paragens (e até de outros países), que ocuparam a maior parte do espaço.

Monique Gaia, que nasceu no Brasil, mas que se mudou para Portugal em 2012, era uma das representantes da nova geração. Depois de ter frequentado a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, veio tirar a licenciatura de Artes Plásticas na ESAD.CR, seguindo depois para uma formação de técnica de “Cerâmica Criativa” no Cencal.

Entretanto apaixonou-se pela cidade e pela sua vida cultural, tendo já participado anteriormente numa mostra de cerâmica. Este ano, apresentou uma nova coleção de peças em cerâmica inspiradas em instrumentos de sopro usados por povos pré-hispânicos (maias, astecas e incas). Os “apitos” e as ocarinas foram reconstruídos a partir dos testemunhos que recolheu nas suas pesquisas.

No Cencal, Monique Gaia foi formanda do ceramista Miguel Neto. Nascido em Lisboa, Miguel Neto trabalha como oleiro desde o início da década de 90, depois de ter tirado o curso de Olaria no centro de formação, onde agora é formador.

Na sua opinião, a MESTRA tem uma grande margem para crescer “em qualidade e quantidade” e pode até tornar-se num evento internacional.

 

“Paixão pela cerâmica é fator identitário das Caldas”

 

Este foi um fim-de-semana de celebração da cerâmica como linguagem artística, património vivo e expressão contemporânea. A vereadora Conceição Henriques salientou que “a paixão pela cerâmica é um fator identitário desta cidade” e que Caldas tem um papel importante no seu ressurgimento, depois de um período menos positivo.

A autarca recordou as feiras da Cerâmica que se realizavam no Parque D. Carlos I no final do século passado, salientando que nestas mostras passou a ser a criatividade dos artesãos a ter mais destaque.

“Estas mostras de cerâmica nas Caldas da Rainha começaram há quatro anos. O ano passado não se realizou porque tivemos o congresso internacional de cerâmica e demos lugar a outros eventos correlacionados”, explicou Conceição Henriques.

Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, referiu a importância da cerâmica também para atrair turistas à região. “O turista vem à procura de autenticidade e de criatividade”, comentou.

O presidente da Câmara, Vitor Marques, mostrou-se muito satisfeito pela realização de um evento que envolve tantos artistas e que acaba também por evocar a memória da Rainha D. Leonor, assim como seu papel na cultura.

A MESTRA incluiu um programa diversificado, com oficinas criativas, experiências participativas, demonstrações ao vivo, passeios comentados pelas fachadas azulejadas da cidade, espetáculos de marionetas, concertos e um ciclo de conversas em torno do artesanato contemporâneo, conduzido por Celeste Afonso.

Os três agrupamentos de escolas do concelho, museus e o Cencal, entre outras entidades, estiveram também representados.

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