Com uma extensão total de 375 metros, dividido em várias parcelas, o muro tem uma altura entre 1 e 2,7 metros, consoante o local, e um custo de 214 mil euros. No total a obra de requalificação da entrada da cidade, que está a ser feita em dois lotes, tem um custo total de dois milhões de euros.
Quando o muro começou a ser colocado, Fernando Costa publicou um vídeo em que o apelidou de “muro da vergonha”.
Na sua opinião, “as centenas de milhares de euros que se gastam neste paredão inútil, inestético e ofensivo seriam bem mais úteis e necessários em habitação, limpeza, Balneário Termal…”, escreveu.
Numa publicação posterior, o ex-presidente da Câmara explicou que seria menos dispendioso e mais agradável esteticamente optar por uma solução em socalcos. Só que nesse caso, teriam de ser adquiridas parcelas de terreno privado uma vez que este está no limite da parte que é propriedade da Câmara.
A opção de construir um muro de contenção de terras “foi definida em sede de Programa Preliminar (documento elaborado pelos Serviços Técnicos para efeitos de contratação do projeto) e teve como base conversações tidas com proprietários”, explicou ao JORNAL DAS CALDAS o vice-presidente, Joaquim Beato.
O autarca salientou que o documento foi aprovado por unanimidade, ou seja, com os votos favoráveis dos vereadores do PSD, em reunião de Câmara Municipal a 16 de janeiro de 2023.
O projeto foi submetido a discussão pública, da qual apenas resultou uma única participação e relacionada essencialmente com a tipologia do percurso ciclável.
Ultrapassadas estas fases, o projeto e as restantes peças do procedimento de contratação da empreitada foram objeto de aprovação, mais uma vez unânime, pela câmara, a 27 de maio de 2024.
De acordo com o Joaquim Beato, não foi realizada qualquer diligência perante os proprietários dos terrenos confinantes “para o efeito de que a contenção dos taludes fosse em ‘socalcos’, por se considerar que a solução projetada é a mais adequada”.
Por isso, “nunca foi colocada outra hipótese”. Depois das críticas “não houve qualquer alteração no muro na parte estrutural”, mas ao nível da estética do muro “temos vindo a trabalhar há cerca de um ano”.
As obras de requalificação da entrada norte da cidade têm como principais objetivos melhorar as condições de circulação rodoviária, criar uma ciclovia e renovar a rede de abastecimento de águas e esgotos.
A empreitada foi contratada por lotes e para o lote 1, referente ao troço compreendido entre a “rotunda do McDonald´s” e zona imediatamente antes da Rua da Palhagueira, estima-se que a obra seja concluída até 12 de novembro de 2025.
Para o lote 2, a norte do lote 1 e até à “rotunda do MaxMat”, estima-se que obra seja concluída até 5 de janeiro de 2026.
