Vai cumprir a pena de treze anos e meio de prisão a que foi condenado, agora que se esgotaram os recursos nos tribunais.
José Noronha, de 55 anos, proprietário de uma destilaria em Vidais, foi morto a 11 de fevereiro de 2015 no apartamento nas Caldas da Rainha onde vivia com a companheira. O Tribunal de Leiria diz que houve um plano previamente traçado.
O irmão dela desferiu várias pancadas que atingiram o corpo da vítima, fazendo com que caísse no chão.
Após a queda, também com a ajuda da na altura namorada do irmão, colocaram uma fita adesiva à volta da cabeça do empresário, tapando-lhe a boca e ouvidos e parcialmente o nariz, e amarraram-lhe os punhos e as pernas com braçadeiras de plástico, fita adesiva e uma corda de nylon, segundo ficou provado em tribunal.
“A vítima veio a falecer, tendo os arguidos planeado ocultar o cadáver”, lê-se no acórdão com a decisão condenatória da coautoria do homicídio.
O homem agora detido abriu um buraco numa floreira numa residência que na ocasião lhe estava arrendada em Alfeizerão, e aí enterrou o corpo.
Passadas duas semanas a companheira da vítima comunicou o seu desaparecimento e fez várias publicações nas redes sociais lamentando a ausência.
Contudo, quase um ano depois, na sequência da investigação dirigida pelo Ministério Público e realizada pela Polícia Judiciária, seria anunciada a detenção do trio, que confessou o crime.
Os irmãos foram condenados por homicídio e ocultação de cadáver. A ela foram também atribuídos os crimes de falsificação de documento (falsificou assinatura em registo de propriedade de uma viatura, pertença da vítima, para vendê-la) e falsidade de depoimento. Mas ambos ficaram com o mesmo tempo de pena – treze anos e meio.
Todavia, na sequência de recursos a instâncias superiores, só há cerca de três meses é que foram emitidos mandados de detenção e na passada quarta-feira o homem foi levado para a prisão pela PSP.
A sua antiga namorada apanhou doze anos e quatro meses por homicídio e ocultação de cadáver. Faleceu em agosto do ano passado, não cumprindo a pena.










