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Existem situações de saúde que surgem de forma inesperada e que precisam de resposta imediata. Que patologias são mais frequentes no Atendimento Permanente do Hospital CUF Torres Vedras?
O que define a necessidade de tratamento imediato de uma doença é o potencial de progressão para uma situação de saúde complexa a curto prazo. Para além dos eventos traumáticos, como acidentes, existem várias patologias que no dia a dia levam as pessoas a dirigir-se ao Atendimento Permanente do Hospital CUF Torres Vedras. São frequentes as situações de doença aguda, com horas ou poucos dias de evolução, e as situações inflamatórias ou de obstrução do trato intestinal. Existem ainda situações que, arrastando-se já há vários meses, apresentam um agravamento ou aparecimento de sintomas novos, que levam o doente a procurar ajuda médica urgente.
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Entre estas doenças, quais requerem, habitualmente, tratamento cirúrgico?
Pela nossa experiência, na equipa de Cirurgia Geral do Hospital CUF Torres Vedras, as situações mais frequentes são de natureza inflamatória: a apendicite, que afeta o apêndice e atinge cerca de 7% da população mundial, a colecistite, que afeta a vesícula biliar e a diverticulite, que é muito comum e corresponde a uma inflamação do intestino. A pancreatite, também muito frequente, é uma situação particular em que a causa está relacionada com a vesícula em 90% dos casos, mas que não tem um tratamento cirúrgico inicial. As oclusões intestinais de diversas causas são outro diagnóstico comum.
Existem ainda situações não cirúrgicas, que importa excluir como causa de dor abdominal com a infeção renal ou situações mais preocupantes, como o enfarte agudo do miocárdio. Estes diagnósticos possíveis reforçam a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, para melhor dar resposta aos doentes que nos procuram.
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No caso das doenças inflamatórias em específico, que riscos correm, se não forem tratadas rapidamente?
O tratamento precoce das condições agudas inflamatórias é fundamental, uma vez que podem dar origem a complicações graves de saúde, colocando mesmo o doente em risco de vida.
No Hospital CUF Torres Vedras, médicos de Medicina Interna e Medicina Geral e Familiar, radiologistas, patologistas clínicos e cirurgiões, entre outros, trabalham em constante articulação para providenciar o melhor tratamento possível, para cada doente.
A equipa de Cirurgia Geral que assegura a assistência ao Atendimento Permanente do Hospital CUF Torres Vedras tem capacidade para dar resposta à grande maioria dos doentes que nos procuram com patologia aguda. Temos a vantagem de dispor de uma Unidade de Cuidados Intermédios, a única privada da região, que permite a prestação de cuidados de saúde diferenciados aos doentes. Temos também a vantagem de não ser uma unidade de saúde isolada, mas sim articulada numa rede integrada de cuidados de saúde, o que nos permite uma resposta completa às necessidades dos doentes.
CAIXA
Única Unidade de Cuidados Intermédios privada do Oeste
A Unidade de Cuidados Intermédios do Hospital CUF Torres Vedras está preparada para prestar cuidados diferenciados à população da região, 24 horas por dia, permitindo realizar cirurgias e internamentos e, assim, dar resposta aos casos mais complexos.
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E como se tratam estas doenças agudas? Que técnicas cirúrgicas são usadas, atualmente?
No caso das doenças inflamatórias, como a apendicite e a colecistite, é necessário remover o foco de infecção, através de uma apendicectomia ou de uma colecistectomia, respetivamente. Para isso, privilegiamos a abordagem minimamente invasiva, através de cirurgia laparoscópica.
Há situações que, pela sua natureza ou momento de apresentação, podem ser tratadas inicialmente com medicamentos (acontece, por exemplo, na pancreatite).
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É possível prevenir estas doenças? Conhecem-se as causas por trás deste tipo de patologias?
Nos casos em que se conhece a causa da doença, é-nos possível tomar atitudes preventivas. Por exemplo, sendo a causa da maioria das colecistites agudas e das pancreatites a litíase biliar (conhecida como “pedras na vesícula”), é possível prevenir a doença aguda através do diagnóstico precoce da litíase e da remoção atempada da vesícula.
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A que sinais de alerta devemos estar atentos?
O sintoma comum a todos os diagnósticos aqui referidos é a dor abdominal. É a intensidade da dor abdominal, a duração da mesma e a maneira como responde, ou não, à medicação que todos temos em casa, que define a necessidade de avaliação médica célere. A dor abdominal intensa, incapacitante, que se prolonga ao longo de um dia sem dar mostras de aliviar, e particularmente quando associada a outros sintomas como náuseas, vómitos, prostração e febre, deverá ser avaliada por um médico. Também as situações de intolerância à ingestão de líquidos e vómitos incoercíveis, deverão ser rapidamente encaminhados para uma avaliação médica, independentemente de se associarem a dor ou não.
CAIXA
Cirurgia menos invasiva garante melhores resultados
“A laparoscopia é uma técnica cirúrgica moderna, feita através de pequenas incisões e de uma câmara. As principais vantagens, face à cirurgia convencional, são a menor agressividade, as cicatrizes muito reduzidas e uma recuperação mais rápida, permitindo que o doente retome as suas atividades diárias com maior brevidade.”, explica o cirurgião.










