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Observatório Nacional de Gaming e de eSports vai ter sede no Parque Tecnológico

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O Parque Tecnológico de Óbidos (PTO) vai albergar a sede do Observatório Nacional de Gaming e de eSports, uma entidade criada recentemente que tem como principais objetivos produzir informação sobre a indústria dos videojogos e realizar estudos de investigação que contribuam para um melhor conhecimento do setor.

O Parque Tecnológico de Óbidos (PTO) vai albergar a sede do Observatório Nacional de Gaming e de eSports, uma entidade criada recentemente que tem como principais objetivos produzir informação sobre a indústria dos videojogos e realizar estudos de investigação que contribuam para um melhor conhecimento do setor.

A Associação Portuguesa de Observação do Gaming e dos eSports foi apresentada durante a segunda edição do Óbidos Vila Gaming, que decorreu de 4 a 12 de maio na vila medieval.

O observatório nasceu da necessidade sentida por alguns profissionais de terem acesso a informação sobre esta indústria em Portugal, referiu, na sessão de lançamento, Fátima Marques, consultora e investigadora.

“Daqui surge a necessidade de criarmos algo que venha a sistematizar a informação e o conhecimento” sobre estes setores, envolvendo as empresas, a comunidade e a academia.

A associação engloba o município de Óbidos, investigadores, profissionais da área, o Instituto Politécnico de Leiria, Agrupamento de Escolas de Óbidos e a Óbidos Parque.

Da sua missão fará parte também a realização de ações de promoção, cooperação e divulgação, a nível nacional e internacional, e de várias outras iniciativas profissionais visando a partilha de informação e de conhecimento sobre o setor, em Portugal e no mundo.

A missão do observatório passa por produzir e disseminar informação, mas também “fazer uma certa agregação do conhecimento que é produzido” – nomeadamente ao nível da academia e da indústria – tornando-o acessível às diferentes entidades que se interessam, que trabalhem ou que queiram trabalhar na área do gaming e dos eSports.

“Ligar a academia a estes setores, não só no que respeita ao desenvolvimento dos videojogos, mas à sua utilização, estabelecendo uma conexão com a relevância educacional dos mesmos, é essencial para a região e para o país”, acrescentou Rui Jesus, presidente da assembleia geral desta associação.

O professor e jurista na área dos eSports explicou ao JORNAL DAS CALDAS que há alguns anos a União Europeia apresentou o relatório final do projeto Sociedade Europeia dos Jogos de Vídeo.

Esta foi a primeira panorâmica geral do setor europeu dos jogos de vídeo, analisando as dimensões económica, laboral, regulamentar, cultural e social dos jogos de vídeo.

A partir deste documento, os investigadores nesta área entenderam que existia a necessidade de criar um observatório que analisasse tudo o que está relacionado com este setor em Portugal.

“Este é um setor que não está regulado e funciona sem regras, embora grande parte dos jogadores sejam menores”, salientou.

Segundo Miguel Silvestre, diretor executivo do Óbidos Parque, “numa primeira fase, a ideia é pegar num pequeno território, como Óbidos e Caldas da Rainha, e tentar perceber qual é a realidade dos eSports”.

O responsável adiantou que “há muito trabalho a fazer, no país, em relação a estas áreas, e o objetivo deste observatório vai ser conhecer a realidade no terreno, produzir documentos, relatórios, informação que possa ser trabalhada pela empresas, câmaras municipais e entidades do governo”.

Óbidos Vila Gaming

Durante uma semana, Óbidos transformou-se numa arena de jogos gigante, recebendo milhares de visitantes de todas as idades.

Um evento diferente para as famílias, com os pais a acompanharem os filhos para poderem acompanhar todas as experiências interativas disponíveis.

Segundo Ricardo Duque, administrador da empresa municipal Óbidos Criativa, este é o evento com maior taxa de retenção de público visitante (cerca de oito horas).

É também o segundo evento mais participado pelos obidenses (sendo o primeiro o Mercado Medieval). Os residentes no concelho podem entrar gratuitamente em todos os eventos dinamizados pela autarquia e neste caso os jovens obidenses quiseram aproveitar bem a oferta disponível.

O evento pretende também “desmistificar a ideia de que os videojogos são algo mau”, referiu Ricardo Duque.

Esta é uma indústria que movimenta cerca de “4 mil milhões de utilizadores em todo o mundo”, salientou, na inauguração, o presidente da Câmara.

“Temos de acompanhar aquilo que é a mudança dos tempos e nada mais atual do que olharmos para uma vila que tem um passado extraordinário, uma vila medieval, e conseguirmos colocar aqui contemporaneidade naquilo que é o nosso desígnio para o futuro”, adiantou ainda Filipe Daniel.

Game Dev Sessions

Paralelamente ao evento, decorreram de 6 a 10 de maio, no PTO, as Game Dev Sessions, onde se debateu a indústria dos videojogos, com talks, workshops, showcases e networking.

“O evento deste ano marca a afirmação do Parque Tecnológico de Óbidos como uma comunidade de inovação que quer potenciar o setor dos videojogos na sua dimensão económica e educativa”, considerou Miguel Silvestre, diretor executivo do PTO.

Tiago Colaço, curador das Game Dev Sessions, assegura que “Óbidos está no mapa, está viva e está a apostar no setor certo”.

Para o responsável, as Game Dev Sessions “foram a cimentação daquilo que lançámos o ano passado, para não ser apenas um evento lúdico, em Óbidos, mas ter conteúdo sobre a indústria dos videojogos”.

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