A Comissão Cívica de Utentes da Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO) emitiu um comunicado a lamentar que o hospital tenha sido impedido pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde de tratar do cancro da mama, cuja deliberação entrou em vigor no dia 1 de abril.
“Foi-nos confirmado que efetivamente esta decisão havia sido comunicada ao hospital de Caldas da Rainha e que foi recebida com bastante espanto, na medida em que os meios e o êxito no hospital são muito bons a todos os níveis, estão a funcionar muito bem, não se compreendendo esta decisão”, transmitiu a comissão.
“A comissão não compreende qual a dualidade de critérios, uma vez que tem conhecimento existirem outros hospitais com os mesmos utentes do hospital das Caldas, designadamente a ULS da Médio Tejo, e deixaram que o mesmo continuasse a exercer”, manifestou.
Para a comissão, “o hospital das Caldas tendo todas as condições para o efeito, é inexplicável esta medida por parte do SNS, que mais se preocupa com a quantidade do que com a qualidade, colocando em causa o conforto dos pacientes, que passaram a ficar sujeitos a deslocações de um lado para o outro, pior do que mercadoria”.
Questiona mesmo, “se no final do conjunto de situações e feitas as contas com despesas e transportes, se justifica suspender a intervenção cirúrgica da mama”.
“A agravar a situação, para além do incómodo para os doentes, iram ser sobrecarregados a ULS da Região de Leiria ou a ULS da Lezíria, em Santarém”, alertou.
“Mais uma vez, fica provado que neste país, quando algo funciona bem, depressa os responsáveis se preocupam a que passe a funcionar mal”, lamenta a comissão, que “tudo irá fazer para que esta situação seja revista e revertida”.
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