Devido à forte chuva ocorrida à alvorada do passado sábado, várias ruas no concelho das Caldas da Rainha ficaram inundadas, nomeadamente na cidade e na Foz do Arelho. Os principais danos aconteceram em garagens de prédios, que ficaram alagadas com viaturas no interior, na sequência da falta de capacidade do sistema de escoamento das águas pluviais.
Na cidade das Caldas da Rainha houve várias zonas inundadas, dificultando a circulação do trânsito, onde só após algumas horas de escoamento é que se voltou ao normal. Foi intensa a chuva entre as cinco e meia e as nove e meia da manhã, levando a uma dúzia de chamadas para o quartel dos bombeiros.
A administração do Centro Hospitalar do Oeste confirmou a ocorrência de inundação no bloco operatório do Hospital das Caldas da Rainha, na sequência de fortes chuvas. Porém, “não afetou as áreas técnicas, pelo que o bloco sempre esteve operacional, funcionando na normalidade”, garantiu.
A Avenida Engenheiro Marcelo Morgado, entre a rotunda junto ao Continente e a rotunda próximo do Mercadona, foi a principal afetada, mas os bombeiros foram também solicitados para fazerem a extração das águas noutras zonas, como a Rua Almirante Gago Coutinho (Encosta do Sol) e a Rua Francisco Almeida Grandela (Foz do Arelho). Na cidade houve estradas inundadas desde o Pavilhão da Mata até à Rua Vitorino Fróis.
Os moradores na Avenida Engenheiro Marcelo Morgado, com garagens nas traseiras, mostravam-se revoltados com a situação, que apontam ser “recorrente há cerca de vinte anos”. “Já comunicámos com a Câmara e até fizeram uma alteração para ver se conseguiam resolver o problema mas já vimos que não.
Cada vez que há uma chuva intensa estamos preocupadíssimos, porque temos os nossos bens dentro da garagem e viaturas, para além dos elevadores”, manifestou Paulo Angelino.
“Alguém com responsabilidade na Câmara tem de resolver este problema, senão andamos aqui todos os anos com prejuízos. Levamos com as descargas todas da zona alta da cidade. As condutas são antigas e com dimensão reduzida e deviam ser aumentadas”, afirmou o morador.
“Somos sempre prejudicados e há este estado de calamidade sempre que se verificam intempéries mais fortes. Temos imensos prejuízos na rampa de acesso, que tinha sido reparada há pouco tempo e agora abateu. Os carros não têm danos porque a água não atinge tanta dimensão dentro das garagens”, referiu Isabel Isidro.
A moradora sustentou que “tem de vir alguém que perceba como estas estruturas estão feitas porque não temos capacidade de escoamento e tem-se vindo a agravar, porque as construções vão sendo feitas e as infraestruturas não tendo sido alteradas para suportar a capacidade”.
O presidente da Câmara, Vitor Marques, foi ao local e revelou que “estamos a desenvolver um projeto que possa fazer com que parte das águas pluviais que vêm para esta zona sejam desviadas para um canal diferente. Iremos fazer esta obra no próximo ano”.
A autarquia herdou o problema e indicou que “ao longo do tempo tem vindo a fazer correções em algumas zonas do concelho para evitar estes excessos”.
Confrontado com os danos causados, Vitor Marques pediu aos moradores para apresentarem a lista de prejuízos para serem avaliados pela seguradora, de forma a poderem ser indemnizados.
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