O caldense António Morgado foi terceiro classificado neste sábado na terceira etapa da Corrida da Paz, prova da Taça das Nações de Juniores, ganha pelo neerlandês Menno Huising, e subiu ao segundo lugar da classificação geral, agora comandada pelo alemão Emil Herzog.
A etapa era a mais montanhosa da competição, 121,7 quilómetros ligando Teplice, na Chéquia, a Olbernhau, na Alemanha. A primeira e mais longa das subidas pontuáveis para a classificação da montanha estava colocada logo ao quilómetro 31,8.
António Morgado, revelando muita impetuosidade, esteve envolvido nas movimentações que se deram logo desde o tiro de partida. Na primeira subida começou a fazer-se a seleção de valores, já com os atacantes da primeira fase, entre os quais Morgado, no grupo principal. A seleção portuguesa colocou Gonçalo Tavares e Tiago Santos a endurecer o ritmo na cabeça do pelotão.
Logo após a passagem nessa montanha, António Morgado ficou na frente com mais três corredores. O quarteto foi galgando quilómetros em cabeça de corrida, até que dos quatro apenas António Morgado e Manno Huising resistiram na frente. A 40 quilómetros do final juntaram-se Emil Herzog e o norueguês Jørgen Nordhagen.
O pelotão, dizimado pelo sobe e desce, perdeu capacidade de trabalho e a vantagem dos fugitivos foi crescendo. No sprint a quatro esteve melhor Menno Husing, seguido por Emil Herzog e António Morgado. O alemão Herzog iniciou a etapa no segundo lugar, com 27 segundos de vantagem sobre o português, conquistando, assim, a camisola amarela.
“Em tantos anos de ciclismo, nunca tinha visto um corredor português em idade de júnior a fazer uma demonstração de força tão grande quanto esta que o António Morgado hoje patenteou. Ainda é jovem e está em idade de evoluir e de aprender, mas o poderio físico que revela é impressionante”, considera o selecionador nacional, José Poeira.
A Corrida da Paz, prova da Taça das Nações de Juniores, termina neste domingo. A etapa final começa e acaba em Terezín e terá 96,4 quilómetros, a percorrer num terreno ondulado e propício aos ataques.
Na sexta-feira, no segundo dia de competição, António Morgado foi o sexto classificado na geral, depois de disputada uma etapa em dois setores, que incluiu um contrarrelógio de 11,2 quilómetros em redor de Trebenice e uma etapa plana, de 57 quilómetros, com início e final em Štetí.
O luxemburguês Mathieu Kockelmann partiu com a camisola amarela e reforçou a vantagem, impondo-se no exercício individual, com 13m56s. António Morgado foi o melhor elemento da seleção nacional, conseguindo o nono melhor registo, a 32 segundos do vencedor.
No segundo setor, com poucos ataques, a ligação culminou numa disputa ao sprint, na qual se impôs o estoniano Romet Pajur.
A parte final do segundo setor foi marcada por várias quedas, todas dentro da zona de proteção regulamentar dos três quilómetros finais, motivo pelo qual os ciclistas acidentados e aqueles que ficaram “cortados” acabaram por ser creditados com o mesmo tempo do vencedor.
Na geral, António Morgado partiu para a terceira etapa na sexta posição, a 40 segundos de Mathieu Kockelmann.
Na primeira etapa da Corrida da Paz, na distância de 102,8 quilómetros, com início e final em Litomerice, a tirada decidiu-se ao sprint, com vitória de Mathieu Kockelmann.
A prova checa da Taça das Nações de Juniores começou com uma etapa ondulada, mas sem subidas longas, o que não permitiu fazer grandes diferenças, levando o pelotão a viajar compacto durante grande parte da jornada.
Foi um pelotão estirado, devido à parte final mais técnica, que discutiu a etapa. Mathieu Kockelmann deu a vitória ao Luxemburgo, seguido pelo dinamarquês Frederik Lykke e por António Morgado.
Na geral, porque se tratava de uma prova com bonificações, Mathieu Kockelmann comandava com 6 segundos de vantagem sobre Frederik Lykke e o luxemburguês Niels Michotte. António Morgado era quarto, a 8 segundos, porque apenas bonificou na chegada e não nas metas intermédias.
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