O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) informou que a obra de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade de Caldas da Rainha “encontra-se concluída, conforme já anteriormente noticiado, e complementarmente, o mesmo serviço encontra-se em funcionamento, o que nunca deixou de acontecer, mesmo aquando do período de execução da obra, com a diferença de, presentemente, fruto da remodelação, as condições de funcionamento são incomparavelmente melhores quer para utentes como para profissionais”.
De acordo com a administração, “após a conclusão da obra foi detetada uma avaria no sistema de climatização AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) na nova sala de observação”. Contudo, “este facto não está relacionado com a obra de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica, condicionando temporariamente apenas a utilização deste espaço em concreto”.
“Por este motivo, e dado que o CHO se preocupa com o bem-estar e com os serviços prestados aos Utentes, foi de imediato solicitada a reparação do sistema de climatização, que se prevê que ainda ocorra esta semana, para que esta sala esteja a funcionar em pleno e com as condições de aquecimento e conforto adequadas aos utentes e profissionais”, anunciou o conselho de administração.
Respondendo ao comunicado emitido pelo movimento Vamos Mudar, de Vitor Marques, que lidera a Câmara Municipal de Caldas da Rainha, onde se critica que as obras de ampliação do Serviço de Urgência do Hospital das Caldas “não estão a ser ainda amplamente aproveitadas”, gerando “situações alarmantes de falta de capacidade de resposta, que se traduzem, nomeadamente, na existência de ambulâncias com várias horas de espera à porta, com os doentes no seu interior e a retenção de um número elevado de macas dos bombeiros por falta de capacidade de receção dos doentes”, a administração hospitalar aproveitou para manifestar a sua estranheza por não ter sido remetida qualquer solicitação de informação ou esclarecimento por parte da autarquia a propósito deste tema, assegurando que tem pautado a sua atividade “pelos princípios da transparência e do acesso à informação sempre que solicitado”.
O conselho de administração apontou que a situação relatada se deveu a “uma grande afluência de doentes” ao Serviço de Urgência e à Área Dedicada para Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência (ADR-SU), o que provocou “alguns constrangimentos no atendimento”. Segundo a administração, “uma parte são doentes com prioridade clínica verde (pouco urgente) do Protocolo de Triagem de Manchester, que poderiam ter resposta noutros locais”. “Verifica-se ainda uma procura do Serviço de Urgência apenas para a realização de testes Covid, que em nada beneficia a capacidade de resposta para os doentes efetivamente urgentes”, vincou, apelando aos utentes que utilizem a urgência hospitalar “apenas em situações realmente urgentes”.
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