O movimento Vamos Mudar conseguiu diretamente mais eleitos na Assembleia Municipal do que o PSD e o PS, as únicas forças partidárias a elegerem deputados, mas as contas alteram-se pelo facto de os presidentes de junta, por inerência de funções, também estarem na Assembleia, o que na altura de votações dará ao PSD maioria absoluta.
A candidatura de Vítor Marques tem dez mandatos na Assembleia (António Curado, Maria Jesus Fernandes, Joaquim Duarte, Mara Marques, Luiz Rolim, Luís Baptista, Inês Fouto, João Gomes, Inês Alves e José Almeida). Com as duas juntas urbanas conquistadas, soma doze representantes. O PSD elegeu oito deputados (Lalanda Ribeiro, Alberto Pereira, Filomena Rodrigues, Paulo Espírito Santo, Rodrigo Amaro, Susana Costa, André Santos e Pedro Marques), mas juntando as nove freguesias ganhas ficará com dezassete elementos. O PS tem três deputados (Jaime Neto, Pedro Seixas e Vânia Almeida) e há ainda mais um representante que não está ligado a nenhum destes partidos – o Movimento Independente da Foz do Arelho, através do presidente de junta reeleito, Fernando Sousa.
Mesmo que a oposição se juntasse toda teria dezasseis votos, enquanto o PSD dezassete. Isto se estiverem todos os elementos presentes, pelo que qualquer falta poderá fazer a diferença.
Referência para o facto de CDU, Bloco de Esquerda, Caldas Mais Rainha (CDS-PP/MPT/PPM/NC) e Chega não terem voz na Assembleia.
Por definir está ainda a liderança deste órgão autárquico. O Vamos Mudar conseguiu mais deputados, mas o PSD tem mais representantes no total, pelo que o atual presidente, o social-democrata Lalanda Ribeiro poderá ser reconduzido no lugar. Mas essa definição poderá ou não merecer contestação, consoante os diálogos que agora se vão estabelecer entre as forças eleitas, o que de resto também se passa no próprio elenco camarário, onde o PS pode ser o “fiel da balança”, uma vez que o seu único vereador eleito pode fazer a diferença, pois quer o Vamos Mudar quer o PSD têm o mesmo número de elementos na Câmara – três.
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