Num comunicado assinado por Daniel Rebelo, presidente do PSD local, a concelhia mostra-se surpreendida com o anúncio feito por Vítor Marques, considerando tratar-se de “um repentino e unilateral desvincular de um projeto coletivo que tem merecido a confiança da grande maioria dos caldenses, optando por assumir um projeto pessoal”.
Apesar de admitir ser uma “legítima decisão” separar-se do projeto autárquico do PSD, o partido entende que não corresponde às responsabilidades que lhe foram confiadas.
“Passada uma semana do anúncio da candidatura de Vítor Marques, sem que se tenha verificado qualquer iniciativa de desvinculação formal por parte deste, o PSD das Caldas da Rainha vê-se obrigado a anunciar que, por se apresentar como oponente ao projeto de união que tem desenvolvido o nosso concelho, Vítor Marques deixa naturalmente de ter a confiança política do PSD, deixando de representar este partido e este projeto autárquico”, lê-se no comunicado, que conclui: “Citando Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD, apetece dizer que “Política sem risco é uma chatice, sem ética é uma vergonha”.
“Estou de cabeça levantada”
Vítor Marques tomou conhecimento do comunicado do PSD através do JORNAL DAS CALDAS, comentando que “assumi o compromisso com o PSD para dois mandatos e não assumi para mais. A partir de setembro assumo um novo compromisso”.
“Estou de cabeça levantada, respeito as posições e não faço questão de entrar em guerras. Também não me vou desviar do projeto na junta, nem fazer mais nem menos enquanto estiver à frente. Vou desempenhar o papel para que fui eleito até ao final do mandato”, declarou.
Confrontado se acha que a sua decisão de candidatura lhe poderá trazer represálias ao atual desempenho como presidente de junta, Vítor Marques disse que não espera retaliações: “O presidente da Câmara é bastante correto da forma como atua e eu também”.
Sobre o comunicado emitido por autarcas de freguesia no concelho eleitos pelo PSD, que se mostram solidários com Tinta Ferreira, Vítor Marques comentou que “são pessoas com quem tive o prazer de trabalhar, tenho respeito por todos e espero que da parte deles também seja assim”.
“Não fiz qualquer abordagem para convidar os atuais elementos eleitos pelo PSD na união de freguesias a que presido porque sabia que eram militantes do partido”, referiu.
“Se todos tivermos uma reação altiva, educada e bem formada é a democracia a funcionar. As pessoas têm direito a se candidatarem e as outras pessoas têm o direito de escolherem”, concluiu Vítor Marques.
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