A sombra do meu coração
Desenhei uma sombra na parede,
Desenhei outra sombra no chão,
Desenhei a fome e a sede
Com o meu lápis de carvão.
No sol uma sombra desenhei,
Na lua outra cheia de ilusão,
Para que a sombra do astro rei
Passeasse comigo pela mão.
Fui desenhando, desenhei,
Com o meu lápis de carvão.
Tanto o fiz que o gastei.
Mas com tanto desenho consegui
Que a sombra do meu coração
Clareasse só para ti.
(in – “sonetos transversais”, de Alberto Campos)
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