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Raio atinge prédio no Bairro da Ponte

Francisco Gomes

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Um raio atingiu um prédio nas Caldas da Rainha, na noite desta terça-feira, destruindo a chaminé, cujos destroços acabaram por danificar os telhados de duas casas. Numa delas, os moradores – um casal e uma criança – tiveram de ser temporariamente alojados numa unidade hoteleira por falta de condições para permanecer na habitação.

Foi um princípio de noite com chuva forte e trovoada intensa e um prédio na Rua Claudina Chamiço, no Bairro da Ponte, acabou por ser atingido por um raio, causando um grande susto aos moradores.

O alerta foi dado pelas 20h50, tendo comparecido no local os bombeiros voluntários, a proteção civil municipal e a PSP das Caldas da Rainha.

“A chaminé partiu-se em dois, afetando os telhados de dois prédios juntos. Não se verificou incêndio nem houve feridos”, relatou o comandante das operações de socorro e adjunto do comando dos bombeiros, Paulo Martins.

“Como estava a chover muito, devido às telhas partidas, a água já estava a entrar no quarto de um dos apartamentos e a eletricidade tinha de ser desligada, pelo que os moradores – uma mulher de 28 anos, um homem de 31 anos, e a filha de seis anos – foram realojados temporariamente”, adiantou.

Na outra casa, o último piso são águas-furtadas utilizadas como zona de arrumos e os estragos “parecem ser menores”, pelo que as condições de habitabilidade não foram afetadas.

Os destroços acabaram por cair na via pública, partindo o vidro do carro de uma moradora num dos prédios afetados. Teresa André, de 65 anos, portadora de deficiência, contou que “tenho lugar reservado porque sou uma doente com incapacidade e tive azar”. “Fiquei muito assustada”, relatou a mulher, que dada a idade cumpria um período de confinamento domiciliário devido à Covid-19.

Nos prédios foram colocadas duas lonas pelos bombeiros para evitar mais infiltrações de água nas habitações. As operações, realizadas com autoescada, duraram até perto da meia-noite e meia. O trânsito na rua esteve cortado pela PSP, que teve de ordenar a vários curiosos para regressarem às suas casas, de modo a que “não se aglomerassem no local e não contrariassem as normas de segurança decretadas no estado de emergência”, revelou Gui Caldas, coordenador da proteção civil municipal.

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