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CHO colocou 107 doentes em hospitalização domiciliária

Marlene Sousa

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O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) colocou, este ano, 107 doentes em hospitalização domiciliária, projeto que consiste numa “alternativa ao internamento hospitalar para doentes agudos que tenham condições sociais e clínicas para estarem no domicílio”, explicou a presidente do conselho de administração, Elsa Baião. Decorreu na passada sexta-feira, nas Caldas da Rainha, a primeira reunião de trabalho com 22 assistentes sociais de norte a sul do país, que partilharam informação sobre este novo serviço.
Fátima Clérigo, coordenadora do Serviço Social das Unidades das Caldas e Peniche, Helena Mendes, assistente social, e Rosa Amorim, coordenadora da Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHO

A Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar do Oeste arrancou a 3 de junho, e nos cinco primeiros meses de atividade, 107 doentes já beneficiaram deste serviço de proximidade, mostrando-se “bastante satisfeitos por estarem junto das suas famílias e continuarem a usufruir da prestação de cuidados de saúde de nível hospitalar em casa, tal como se estivessem no hospital”, disseElsa Baião. O projeto visa “contribuir para dar mais conforto a estes doentes e reduzir o risco de complicações para estes doentes, como as infeções hospitalares”, acrescentou. O CHO tem duas equipas de apoio à hospitalização domiciliária, uma nas Caldas da Rainha e outra em Torres Vedras, que estão a tratar os doentes. Iniciou com dez camas de hospitalização domiciliária, cinco das quais na área de influência do Hospital de Torres Vedras e outras cinco na área dos das Caldas da Rainha e Peniche. A atividade assegura cuidados num raio de ação de cerca de 30 quilómetros de distância em relação a cada hospital. As equipas de apoio são multidisciplinares, integrando médicos, enfermeiros, assistentes técnicas, uma gestora, assistentes sociais, farmacêuticas e nutricionistas. Dado o índice de bons resultados, a responsável disse que o objetivo é alargar o projeto com mais camas em cada lado, mas para isso “necessita de mais recursos humanos”. “Como temos duas unidades o projeto é mais exigente, porque temos duas equipas, o que implica um esforço maior”, sublinhou. Quanto a equipamento para levar ao domicílio dos doentes, a presidente do conselho de administração do CHO disse que têm o suficiente e que a maioria foi oferecida pela Câmara Municipal de Torres Vedras. Rosa Amorim, coordenadora da Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHO, explicou que os candidatos com potencial para serem internados no domicílio “são geralmente detetados nas urgências ou num serviço do hospital onde estão internados”. “Após esta identificação é necessário haver um diagnóstico definido e a sua estabilidade clínica. Após esta referenciação, o doente é submetido a uma avaliação em três eixos: médico, enfermeiro e assistente social. A opção pela hospitalização domiciliária exige o consentimento do doente e da respetiva família, bem como o cumprimento de um conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos que permitam a sua hospitalização no domicílio”, apontou a médica, acrescentando que se o doente não tiver cuidador é excluído. Para a casa dos doentes, dependendo da patologia, os médicos levam eletrocardiograma, oxigénio, monitores de avaliação da tensão arterial, bombas de perfusão para a administração de antibióticos, oxímetro, um gasómetro para a avaliação do nível de oxigénio no sangue, monitor multi-parâmetros, medicamentos, entre outros. As unidades de hospitalização domiciliária funcionam 24 horas por dia e todos os 365 dias do ano, “com apoio médico e de enfermagem em permanência” e prevenção à noite. “Os enfermeiros poderão ir a casa do doente, uma, duas ou três vezes, dependendo da necessidade, e estão sempre contactáveis”, disse a responsável. “O doente que esteja hospitalizado no domicílio terá acesso aos medicamentos exatamente como se estivesse internado no hospital”, adiantou. A coordenadora deste projeto do CHO revelou que foi feito um inquérito para ver o grau de satisfação dos doentes e “o índice de satisfação quer da unidade das Caldas quer da unidade de Torres Vedras foi de 100%”. No futuro deve ser implementada a ideia que nos hospitais deverão ficar os doentes mais graves, que necessitam de uma maior vigilância, podendo os doentes estáveis fazer o seu internamento no domicílio. No entanto, Rosa Amorim disse que com o tempo é provável que “tenhamos doentes mais complexos internados em casa”. Para que o projeto possa crescer, esta responsável frisou que “esta equipa precisa de mais recursos humanos”. “É diferente da enfermaria porque quando vamos a casa do doente é tempo dedicado só àquela pessoa e por vezes identificam-se pequenas coisas que nós no hospital, no meio de tantos doentes, não identificamos”. Assistentes sociais têm papel fundamental Assistentes sociais de norte a sul do país oriundas dos cerca de 30 hospitais do Serviço Nacional de Saúde onde foram constituídasUnidadesdeHospitalização Domiciliária fizeram na passada sexta-feira, no Museu do Hospital e das Caldas, a primeira reunião de trabalho. Segundo Helena Mendes, assistente social do CHO, a ideia foi “partilhar experiências e instrumentos de trabalho de forma a fortalecer o trabalho deste serviço que é novo”. “Por enquanto ainda não temos muitas dificuldades porque a equipa está muito bem organizada, no entanto, é um serviço com condicionantes específicas devido às caraterísticas que os doentes têm que ter, e com a complexidade e crescimento do programa provavelmente no futuro surgirão algumas dificuldades”, referiu a técnica. Para a presidente do Conselho de Administração do CHO, as assistentes sociais são elementos fundamentais para “fazer a ponte dos cuidados de saúde e o apoio social que os doentes da hospitalização domiciliária precisam”. “Esta partilha de experiências é fundamental porque estas técnicas têm um papel muito importante também na relação com o cuidador porque o doente está em casa, e é preciso adicionar muitas vezes vários recursos”, adiantou Elsa Baião. Novo atraso nas obras do serviço de urgência do hospital A conclusão das obras de ampliação do serviço de urgência do Hospital das Caldas da Rainha, orçada em mais de 1,7 milhões de euros, que já deveria de ter terminado, voltou a atrasar. A inauguração só deverá acontecer em 2020. Segundo a presidente do Conselho de Administração do CHO, “foi descoberta uma viga invertida que não estava previsto no planeamento e que atrasou bastante a obra, que não deverá estar concluída antes dos primeiros meses do próximo ano”.

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