Os carteiros reuniram em plenário na passada sexta-feira e no final Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), descreveu que “o chão de cimento faz com os que os carteiros estejam a inalar pó e a pouca claridade e falta de iluminação não estão adequados ao serviço que estamos a fazer e têm provocado problemas de visão”.
Para além destas situações, são também reclamados mais carteiros dos quadros da empresa e não externos para fazer face ao que aponta ser o atraso de milhares de cartas por distribuir. Diz que existem “ritmos de trabalho desumanos e impraticáveis” causados pela falta de trabalhadores e que o facto de “haver giros com cem quilómetros, impossíveis de realizar dentro do horário”, originam “atrasos nas entregas, que fazem com que se encontrem no CDP cartas por entregar há quinze dias”.
Por outro lado, a ocupação de postos por trabalhadores agenciados leva a que os carteiros tenham que fazer mais trabalho interno, pois “os externos não podem entrar nas instalações, fazendo com que o trabalho de preparação da correspondência que chega no camião recaia sobre o ‘pessoal da casa’”.
24 dos 40 carteiros aderiram à greve, que tem consequências na entrega da correspondência. “Temos a noção de uma hora por dia poderá prejudicar o serviço, mas temos esperanças que a empresa resolva o problema, e se forem atendidas as nossas pretensões rapidamente correio entrará em circuito e será entregue aos destinatários”, declarou Dina Serrenho, deixando o aviso: “Caso a empresa não resolva, iremos endurecer a luta”.
Os carteiros decidiram ainda pedir audiências com caráter de urgência às câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos para “informar sobre o mau serviço que é prestado às populações e sensibilizar os autarcas para exigirem a resolução do problema”.
Fonte oficial dos CTT desmente a ocorrência dos problemas mencionados, acrescentando que se realizou uma visita às instalações por técnicos habilitados na avaliação das condições de Segurança e Saúde do Trabalho e não foram identificaram quaisquer problemas de poeiras ou outros constrangimentos ao nível do ar. Ainda assim, anuncia que serão investidos 25 mil euros num novo pavimento.
A mesma fonte relata que os recursos humanos são os adequados para a carga de trabalho e que face a esta paralisação o correio prioritário e expresso não será objeto de qualquer atraso.
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