Entre esses projetos estão já a funcionar a troca direta de serviços, disponibilizando consultas de psicologia, explicações de matemática, serviços de fotografia, de ilustração e de design gráfico em troca de “limpeza da casa, roupa engomada ou troca de maçãs, por exemplo”, exemplificou. Aos serviços a loja junta a componente educativa, dispondo-se a avançar com workshops gratuitos nas áreas da alimentação saudável, dos consumos, da parentalidade positiva e da economia e gestão caseiras, entre outros temas. Para garantir a sustentabilidade do projeto, Joana disse apostar na venda de produtos “sempre associados a uma mensagem ecológica ou social”. Uma carteira de pano “com uma ilustração a alertar para os malefícios do plástico”, uma cana para fazer bolas de sabão “com uma receita de sabão ecológico” ou uma almofada “com um história e fantoches para incentivar as brincadeiras em família”, são alguns dos exemplos disponíveis na loja. À venda há ainda malas de serapilheira, feitas por uma desempregada, ou produtos feitos através da reutilização das lonas que publicitam os eventos realizados ao longo do ano na vila, e que são desenvolvidos em parceria com os designers gráficos do Espaço Ó e os idosos dos lares e centros de dia. Estabelecer parcerias com escolas da região e, sobretudo, com as escolas do concelho, é outro dos objetivos de Joana Rodrigues para “colmatar a resistência que as pessoas ainda têm em relação a este tipo de entreajuda”. A ideia é “criar mini lojas comunitárias” nas escolas do concelho, para que ” as crianças se familiarizem com este conceito” e, por outro lado, contar com a participação dos alunos noutras iniciativas que contribuem para a sustentabilidade da loja. Entre eles, Joana destacou os piqueniques sociais, que irão ser lançados em outubro para incentivar o consumo de alimentos saudáveis e produtos da região. Os piqueniques serão “vendidos em sacos de papel com um mapa de todos os parques de merendas de concelho onde as pessoas podem sentar-se a comer” e cuja manutenção irá contar “com a participação dos alunos das escolas”. A loja, que contará com uma página na internet e que se vai constituir em associação, vai avançar com duas candidaturas a fundos comunitários na área da economia social e de desenvolvimento comunitário. Com recurso a programas do Instituto do Emprego e Formação profissional, a loja prepara-se também para criar mais quatro postos de trabalho, integrando uma pedagoga, uma educadora social, uma especialista em análises clínicas e uma especialista em higiene e segurança no trabalho.
Loja comunitária em Óbidos faz troca direta de serviços
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