A remoção dos escombros do incêndio que destruiu os sete bares nas mini docas da Foz do Arelho está nas mãos das seguradoras, uma vez que a Polícia Judiciária ainda continua a investigar as causas e já liberou o espaço para que os peritos avaliem os prejuízos. A informação foi veiculada pela Polícia Judiciária de Leiria, que investiga o caso, e pelo presidente da Junta da Foz do Arelho, que ainda aguarda a informação das seguradoras para se avançar para a remoção dos bares. “Continuamos a aguardar que as seguradoras informem que terminaram as peritagens, que são da responsabilidade da ARH e das seguradoras, para remover e demolir os bares. O que nós queremos é que haja uma remoção conjunta, mas esse assunto está a ser coordenado com as equipas de peritagens das seguradoras”, disse Fernando Horta. Segundo o autarca, “a Junta ainda não sabe que as peritagens tenham terminado, mas nós já reunimos com os proprietários para fazerem pressão no sentido das peritagens serem feitas rapidamente, porque não queremos aquela imagem na Foz do Arelho”. Segundo alguns proprietários de bares da zona afectada, esta espera tem vindo a ser dolorosa, desabafando que as seguradoras têm pedido todos os papéis e números de prejuízos, estando a ser pedidas segundas vias de documentos, tendo em conta que muita da documentação ardeu nos bares afectados. Por outro lado os lesados contam que todos os dias há pessoas a visitarem o espaço, a tirarem fotografias e a filmarem, o que em nada abona à imagem da Foz do Arelho, lamentando por isso a demora das entidades na resolução e apuramento das causas do incêndio. Quanto à reconstrução, o projecto será incluído na requalificação da frente lagunar, estando actualmente a ser remodelado o projecto tendo em conta o incêndio. “A requalificação das arribas vai arrancar este mês. Para a zona dos bares e do antigo parque de campismo tínhamos prevista apenas a renovação do deck, mas com o incêndio vamos alterar o projecto. Vamos continuar com bares, mas eles querem que os bares estejam afastados e com outras formas. Já reunimos com a ARH e com a Câmara para avançar”, disse Fernando Horta. O presidente da Junta também deu a entender que há a possibilidade da haver uma transferência de competências da ARH para a Câmara no sentido de concessionar os futuros espaços. Estas informações foram confirmadas pelo vereador Hugo Oliveira, que está à frente destes projectos. “A ARH reuniu com Câmara e com o Mais Centro, para ser feita uma requalificação da zona do cais e bares, para avançar com a execução o mais depressa possível para ser feita candidatura para fundos comunitários. A requalificação com os bares, deck e avenida, e zona lagunar está orçada em 5 milhões. A ARH é que está a decidir se continua com as concessões ou se há a possibilidade de haver delegação de competências, para que a Câmara fique com essa área”, anunciou Hugo Oliveira. O autarca referiu ainda que está em cima da mesa “os bares não serem como estavam, mas também que tenham uma reformulação dos serviços, nomeadamente, para terem alvará para servir refeições”. Hugo Oliveira confirmou também o avanço da requalificação das arribas desde a rotunda da Green Hill até ao Facho, faltando apenas o visto do Tribunal de Contas para se dar início aos trabalhos. Carlos Barroso