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Morreu o Renato. Morreu esse meu velho amigo, cuja marca de inconformismo me acompanhou por muitos anos, tantos, que se perdem na memória dos tempos, deixando deles uma vaga melancolia e um ressaibo a românticas remadas contra a maré, como tentativas vãs para travar o barco da pátria que o poder levava pró fascismo que […]
Renato Mendonça

Morreu o Renato. Morreu esse meu velho amigo, cuja marca de inconformismo me acompanhou por muitos anos, tantos, que se perdem na memória dos tempos, deixando deles uma vaga melancolia e um ressaibo a românticas remadas contra a maré, como tentativas vãs para travar o barco da pátria que o poder levava pró fascismo que odiávamos. Recordar a solidária fraternidade do Renato é invocar o carinho com que recebia na sua casa o grande cantor Zeca Afonso, que ele acarinhava, como merecia, a realidade de poder ouvir em cânticos harmoniosos os sons da revolta que lhe alentavam a alma. Antes do 25 de Abril era uma afirmação de independência e sobretudo de coragem. Quando há mais de cinquenta anos os homens da minha geração criaram o Conjunto Cénico Caldense, objectivando o sonho de dizer em cima do palco, em cenários desenhados pelo Ferreira da Silva, as palavras da modernidade e dos direitos do homem, também o Renato lá estava, atento à palavra nova. Se é possível invocar o Renato, marcou a sua vida por uma constante, um sentimento perene foi a Liberdade. O Renato foi sempre um homem livre, tão livre, que eu nunca lhe conheci partido. Pode ser que um homem de partido tenha o penhor da sua palavra marginado por interesses de grupo: O Renato nunca os teve. A sua liberdade nunca criou raízes em conceitos hieraticamente respeitados. Agora ou logo uma nova visão nos mostrava uma nova sociedade, um homem diferente, mais puro, mais solidário, mais livre e o Renato aceitava o sonho e o anseio, como se a felicidade dos homens estivesse ali ao virar duma esquina. Digamos que o Renato foi um romântico. Como todos os românticos que anseiam por uma sociedade fraterna e pura – doce quimera ! – esse sonho, vago e difuso acompanhou o Renato toda a vida. Posso não ser muito positivo no retrato mental e ideal do meu querido amigo Renato, mas foi sempre assim que o vi e creiam que muito me doeu a sua morte. Permitam-me que testemunhe à sua família os meus sentimentos, mas as particularize ao seu filho Emanuel, jovem de 25 anos, que mais sentirá a morte súbita do seu querido companheiro. A vida é feita destas tragédias, mas também, felizmente, dalguns triunfos. E são esses que eu lhe desejo muito sinceramente. Hermínio de Oliveira

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