O Colégio Rainha D. Leonor e a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, em Caldas da Rainha, foram assaltados na transição de domingo para segunda-feira, tendo sido levados mais de três mil euros e algum equipamento multimédia e informático. Os estragos são avultados, devido ao arrombamento e destruição de equipamentos e portas, tendo motivado que um dos estabelecimentos de ensino ficasse um dia sem aulas.
A Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro foi a que sofreu mais danos e maiores prejuízos. Os estragos no sistema de segurança levaram à interrupção das aulas na segunda-feira.
Jorge Pina, diretor do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, revelou que os assaltantes terão entrado no recinto da escola através do portão que dá acesso à ponte e arrombaram a porta norte do Bloco 1, conseguindo, assim, acesso ao Bloco 2 e ao bloco central onde se encontra a secretaria.
No interior, os ladrões arrombaram várias portas, incluindo a da sala técnica que contém o servidor, destruindo todo o sistema de segurança, incluindo o alarme.
A ação foi ocultada pela chuva e pelo vento que se fizeram sentir durante a noite, o que poderá ter abafado o som do alarme que, segundo o diretor, tocou antes de ser danificado.
Entre os maiores prejuízos está o arrombamento da porta da caixa-forte do cofre, que representará um custo de milhares de euros para ser reparada. “O cofre continha cerca de três mil euros, valor que foi levado, mas normalmente não guardamos muito dinheiro lá dentro, apenas o que não foi possível depositar”, esclareceu Jorge Pina.
O assalto causou destruição significativa uma vez que quatro portas da secretaria, incluindo as de vidro e as dos gabinetes, foram forçadas. No entanto, o diretor acredita que os ladrões não roubaram equipamentos eletrónicos. “Ainda estamos a averiguar, mas até agora não damos conta da falta de computadores. Por exemplo, havia um portátil na sala de reuniões e outro na sala de servidores, mas ambos continuam no local”, afirmou.
Os ladrões também entraram na sala da direção, onde remexeram gavetas no gabinete do diretor, mas não abriram os armários.
Durante a manhã de segunda-feira, a PSP esteve na escola a realizar perícias. Só ao final da manhã foi possível começar os trabalhos de limpeza e a avaliação mais detalhada dos estragos e eventuais furtos adicionais.
“A sensação que fica é que os ladrões procuravam dinheiro. Apesar disso, a destruição que provocaram supera em muito o valor roubado”, lamentou Jorge Pina.
No entanto o diretor ficou alivado porque as obras de arte expostas não foram roubadas nem destruídas.
As aulas foram interrompidas na segunda-feira para serem retomadas no dia seguinte, dando tempo para o trabalho de reorganização da escola.
No Colégio Rainha D. Leonor, noutra zona da cidade, os assaltantes “levaram e danificaram muita coisa”, disse ao JORNAL DAS CALDAS a diretora pedagógica, Sandra Santos.
Entre os artigos subtraídos contam-se “uma televisão, um ipad e uma coluna de som”, para além de cerca de 600 euros.
Estragaram uma vedação e terão entrado no estabelecimento através do complexo desportivo. A zona do corredor administrativo e da papelaria, onde andaram, ficou interdita, mas os corredores das salas de aulas não foram afetados e por isso o funcionamento manteve-se.
“Arrombaram os alarmes e servidores, arrancaram os cabos todos, destruíram maçanetas das portas, partiram um vidro e terão ido ao dinheiro das máquinas de vending no bar, nem temos a real perceção da extensão dos estragos”, descreveu a diretora, apontando que, tal como na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, os prejuízos com os danos são maiores do que o valor furtado.
A PSP, que investiga os assaltos, admite poder haver relação com outros furtos praticados há algum tempo em localidades da região na área da GNR.
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