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Associações de antigos combatentes aprovam moção a reclamar apoios

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Onze associações que representam antigos combatentes reuniram-se no passado sábado nas Caldas da Rainha e aprovaram uma moção a reclamar benefícios para quem serviu a pátria na Guerra do Ultramar.
A moção foi lida e aprovada pelas onze associações presentes

Onze associações que representam antigos combatentes reuniram-se no passado sábado nas Caldas da Rainha e aprovaram uma moção a reclamar benefícios para quem serviu a pátria na Guerra do Ultramar.

Quem esteve a combater nas antigas colónias portuguesas Angola, Guiné-Bissau e Moçambique diz tê-lo feito em nome de uma pátria que não os reconhece, deixando muitos deles com carências económicas e com problemas de stress pós-guerra.

O clima de insatisfação ficou bem patente no almoço-convívio no Salão Milénio do Caldas Internacional Hotel, onde as associações disseram existir fragilidades económicas que afetam a vida da maioria dos antigos combatentes, pedindo apoios ao Estado.

A atribuição de uma pensão de guerra mensal no valor de cem euros, isenção de impostos sobre as pensões, acesso gratuito a medicamentos, prioridade no acesso aos estabelecimentos de saúde e na atribuição de habitação social, gratuitidade nos transportes e nos lares públicos para os antigos combatentes e viúvas com fracos recursos financeiros, são medidas que constam da moção aprovada e que segundo Joaquim Coelho, do Movimento Cívico dos Antigos Combatentes, terá como destinatários “o Presidente da República, o Primeiro-Ministro, o Ministro da Defesa Nacional e todos os partidos políticos com assento parlamentar”, para além da direção nacional da Liga de Combatentes, com quem estas associações não concordam. 

Na moção lê-se que “existe uma enorme divida de gratidão da pátria para com todos os antigos combatentes”. Por tal motivo, está plasmado “um sentimento de revolta e de descontentamento generalizado”.

“Uma vergonha nacional sem paralelo universal. Fomos além-mar, lutámos sempre em nome de uma pátria que julgávamos ser a nossa, porque foi a nossa pátria que nos pediu para lutar por ela, e hoje essa mesma pátria vira as costas e olha para os Antigos Combatentes como pessoas inúteis. Uma ingratidão nacional sem limites”, lamentam os antigos combatentes.

“Não basta dizer que esta geração de jovens combatentes foi uma geração de “heróis”, afirmação feita pelo Presidente da República. Todas as nações que entraram em conflitos bélicos contra outros povos ou contra outras colónias, concederam aos seus antigos combatentes um tratamento diferenciado dos cidadãos comuns, todas menos Portugal”, insurgem-se.

Quem teve familiares na Guerra do Ultramar juntou-se à luta pela dignificação das condições de vida dos antigos combatentes. “Temos bastantes em situação de pobreza. Todos os meses distribuímos cabazes com bens essenciais e produtos de higiene, já temos comprado camas e cadeiras de rodas, e não têm de ser as associações a fazer isto, tem de ser o Governo”, indicou Fernanda Pereira, presidente da União de Antigos Combatentes do Ultramar e Índia.

Os antigos combatentes dizem-se injustiçados. Manuel Amial, do Departamento de Antigos Combatentes do Lions de Vila Praia de Âncora, comentou que “no Orçamento de Estado para 2025 não há nenhuma referência aos antigos combatentes e temos de fazer ouvir a nossa voz”.

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