Desde 12 de agosto que a delegação das Caldas da Rainha da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) tem ao serviço um Posto de Emergência Médica (PEM), que dá resposta a emergências médicas pré-hospitalares no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).

Esta ambulância de socorro está a atender aos pedidos de ajuda de quem liga 112 na área das Caldas da Rainha, mas apenas 12 horas por dia (das 8h00 às 20h00).

Segundo Vítor Fernandes, que substituiu Carlos Cravide na direção do Centro Humanitário Litoral Oeste Norte (que inclui Caldas, Óbidos, Bombarral, Alcobaça e Nazaré), a única diferença em relação às ambulâncias que habitualmente prestam serviço pelo INEM é que as da CVP são brancas.

Para o efeito, foi assinado um protocolo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), de forma a reforçar a resposta já existente, que tem sido garantida pelos bombeiros voluntários das Caldas.

Este protocolo procede-se através do novo modelo de aquisição de ambulâncias proposto pelo instituto, de acordo com informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Ao invés de ser o INEM a comprá-la, as ambulâncias são adquiridas diretamente pela CVP, sendo posteriormente compensados financeiramente por essas aquisições.

No caso da ambulância colocada nas Caldas, já era propriedade da CVP e foi alocada a este concelho, uma vez que a que existia nesta delegação está em manutenção. “Esta ambulância é nova e está muito bem equipada”, referiu Vítor Fernandes.

As ambulâncias de socorro são destinadas à estabilização e transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte até às unidades de saúde.

A tripulação é disponibilizada pela CVP e os equipamentos destas Ambulâncias permitem a aplicação de medidas de Suporte Básico de Vida.

Estão também equipadas com desfibrilhador Automático Externo, um importante recurso para a assistência a vítimas de paragem cardiorrespiratória.

Vítor Fernandes, que é também coordenador da Região de Emergência de Lisboa e Vale do Tejo da CVP, revelou que, até agora, têm tido, em média, cinco serviços por dia. Para além de emergências, fazem também transporte de doentes entre unidades hospitalares.

A base desta ambulância é em frente à sede da delegação da Cruz Vermelha nas Caldas da Rainha. A delegação tem atualmente 16 voluntários a colaborar permanentemente. Durante os dias úteis o serviço de emergência é garantido por elementos profissionais da delegação de Alenquer, do qual Vítor Fernandes também é presidente. Aos fins-de-semana e feriados são os voluntários a garantir o serviço.

CVP na Feira dos Frutos

Durante a Feira dos Frutos a CVP prestou apoio ao posto de comando da Proteção Civil Municipal. O dispositivo incluía um posto médico avançado (com condições para proceder a triagem antes de um eventual transporte para o hospital) e duas ambulâncias. Este serviço teve um custo de cerca cinco mil euros.

De acordo com o coordenador municipal de Proteção Civil, Gui Caldas, optaram por ter apenas elementos da CVP a dar apoio, de forma a que os bombeiros voluntários estivessem mais concentrados na prevenção e combate a incêndios.

No caso dos bombeiros voluntários, e no âmbito de um “protocolo” existente com a autarquia, esse apoio não teria custos diretos.

O presidente da Câmara das Caldas, Vitor Marques, salientou que nos últimos anos o apoio financeiro aos bombeiros tem vindo a aumentar. “Só este ano, até agosto, já fizemos transferências na ordem dos 299 mil euros, para apoios aos bombeiros”, referiu. Nos três anos de mandato deste executivo, a Câmara já apoiou aquela associação com cerca de 800 mil euros. “É quase o mesmo valor que foi transferido nos oito anos anteriores”, referiu.

No futuro, o executivo está a ponderar também assinar um protocolo com a Cruz Vermelha, de forma a que seja feita uma transferência anual, em vez de serem pagos os serviços que prestam de forma avulsa.

O posto médico avançado era composto por um médico, um enfermeiro e um psicólogo. “Desde que eu estou a coordenar a Proteção Civil Municipal temos tido, nestes eventos, um dispositivo que funcione como ‘tampão’ ao hospital”, explicou Gui Caldas. O objetivo é evitar a necessidade de recorrer às urgências, quando os casos podem ser resolvidos neste posto médico.

Vitor Marques explicou que a Proteção Civil tem vindo a adaptar-se às várias alterações que têm acontecido nos últimos anos neste setor, a nível nacional.

É nesse sentido que este gabinete municipal, que já tem cinco elementos, tem vindo a desenvolver os planos de gestão e de risco de todos os eventos da Câmara.