A número dois da IL para as eleições europeias acredita que se vão estrear no Parlamento Europeu (PE) com o cabeça-de-lista João Cotrim Figueiredo. “É o único parlamento em que ainda não estamos representados. O partido apareceu no panorama político em 2019 e foi a primeira vez que concorreu, e nesse ano elegemos logo para o parlamento nacional, e contamos estrear-nos agora no PE com João Cotrim de Figueiredo – esse é o nosso objetivo, mas temos ambição e achamos que há oportunidade para mais”, referiu a candidata.
Em declarações aos jornalistas no decorrer de um piquenique no passado sábado, nas mesas ao lado do Museu José Malhoa no Parque D. Carlos I, Ana Martins disse que diz que são eleições muito imprevisíveis porque “acontecem num fim de semana prolongado”, revelando que estão a “consciencializar a população para o voto antecipado”.
Na iniciativa organizada pelo Núcleo Territorial de Caldas da Rainha da IL, a candidata chegou ao Parque por volta das 14h00. De manhã esteve em Portalegre numa ação de campanha e ainda ponderou vir para as Caldas de comboio, mas desistiu da ideia quando soube o tempo que demorava. “Em Portalegre também falámos da mobilidade e de facto é surpreendente como é que um país desta dimensão está tão mau ligado entre o interior e o litoral”, salientou, lamentando que “mesmo no litoral não haja melhores ligações da ferrovia, uma vez que é onde está a maioria da população”.
Ana Martins recordou que a IL tem como prioridade no seu programa nacional “haver ligação de ferrovia eletrificada a todas as capitais de distrito”.
“Temos que lidar com as alterações climáticas e ter alternativas de transporte não poluentes é importante”, considerou.
Referiu ainda que outra prioridade a nível das Europeias é criar “uma rede de carregamento de veículos elétricos para que as pessoas substituam as viaturas que têm combustíveis fósseis”.
A candidata disse que o país já podia “ter feito muito mais com os fundos europeus”. “Portugal foi um dos principais beneficiários”, afirmou, adiantando que “já estamos na União Europeia há 40 anos e beneficiámos de 160 mil milhões de euros de fundos europeus e a perspetiva desses fundos acabarem é cada vez maior”. A candidata disse que é importante questionar “como esses fundos foram investidos, quais os resultados e se ainda vamos a tempo de os aplicar de uma melhor forma, tendo em conta os desafios que a Europa tem no futuro”.
Ana Martins afirmou também a “falta de oportunidades num país que tem tudo para estar ao nível dos outros da União Europeia”.
“Queremos um país e uma Europa mais capazes de investir na energia, no setor da água e no apoio às comunidades”, manifestou.
Falou ainda da desertificação em Portugal, defendendo “mais polos urbanos de média dimensão mais espalhados pelo país, como mais comércio e oportunidades para as pessoas”.
Quanto à saúde no Oeste, Ana Martins sustentou que a construção de uma unidade hospitalar “não justifica desmantelar outras unidades, numa altura que atravessamos uma degradação dos serviços de saúde”.
A candidata defendeu “a abertura de mais oferta de saúde a vários operadores privados, públicos ou sociais”. “A IL tem uma proposta na área da saúde que visa garantir o acesso de todos e que não dependa só do Serviço Nacional de Saúde”, contou. Para a candidata, o que importa é que as “pessoas tenham acesso nas mesmas condições e não deve importar se o prestador do serviço é o Estado, um operador privado ou associado”.
Referiu ainda que o objetivo é conseguir uma “reforma estrutural na área da saúde que permita que todos os operadores possam servir a população e quem tenha dificuldade de acesso tenha sempre garantia, um pouco como a rede ADSE dos funcionários púbicos”. “A ideia é ADSE para todos”, salientou.
Ana Martins é natural da ilha Terceira e reside em Lisboa e a próxima ação de campanha vai ser nos Açores.
João Cotrim Figueiredo, cabeça de lista do IL às eleições europeias de junho, esteve no domingo em campanha no Mercado de Santana, em Alvorninha.
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