A cabeça de lista do Livre pelo distrito de Leiria, Inês Pires, não concorda com a construção do novo hospital do Oeste no Bombarral e quer que seja feito um novo estudo com critérios mais rigorosos para essa escolha.
“Estamos a falar de um equipamento público de grande envergadura e por isso deve estar inserido numa localização que promova a coesão”, defendeu a candidata. “O hospital deve estar mais perto da ferrovia, que deve ser um meio de transporte privilegiado no acesso a este equipamento e, também por esse motivo, a Linha do Oeste deve ter mais investimento”, considerou.
Inês Pires, acompanhada por mais dois membros do partido reuniram no passado sábado com Vítor Dinis, da Comissão Cívica de Utentes da Unidade Local de Saúde do Oeste, a pedido deste responsável.
“A comissão tomou a iniciativa de contatar todos os partidos que concorrem às eleições legislativas para saber qual a posição de cada um em relação à construção do novo hospital do Oeste e a sua localização futura”, explicou o dirigente.
Vítor Dinis revelou que o Livre foi o único partido que quis reunir pessoalmente para falar sobre este assunto e disse concordar inteiramente com aquilo que a candidata defende nesta matéria.
Segundo Inês Pires, esta também é a posição oficial do partido a nível nacional, uma vez que estiveram sempre em contato com Rui Tavares nesta matéria desde que a localização foi anunciada.
A candidata está satisfeita pela forma como tem sido recebida durante esta campanha e acredita num bom resultado para o partido.
Mesmo que seja mais difícil eleger um deputado pelo círculo eleitoral de Leiria, Inês Pires salientou que cada voto contribui para o crescimento do partido a nível nacional.
O Livre, tal como outros partidos com menos expressão, defende a criação de um círculo de compensação eleitoral, tal como já acontece nos Açores onde algumas dessas forças políticas conseguiram desta forma eleger um deputado.
Em relação ao futuro hospital, a Comissão Cívica de Utentes da Unidade Local de Saúde do Oeste divulgou entretanto que na interpelação que fez aos partidos sobre a opinião no que concerne à localização, recebeu do PAN a resposta de que é “solidária com os problemas levantados pela população caldense”.
“Queremos que este hospital, que há anos que tem sido prometido à região, seja finalmente construído, e acreditamos que este possa ser construído no Bombarral, por força do estudo encomendado pela OesteCIM para o efeito. No entanto, e contrariamente a outras forças políticas, acreditamos que os hospitais de Peniche, Caldas da Rainha e Torres Vedras não devem fechar, mas antes serem reconvertidos para unidades de saúde de proximidade e que continuem a auxiliar a população com os devidos meios de diagnóstico e como aposta na saúde preventiva”, referiu o PAN.
A CDU informou a comissão que “a questão central é que se avance na construção e gestão de um hospital público com cerca de 400 camas e com a capacidade e valências necessárias para dar resposta à população. Assim, exige-se também, naturalmente, a contratação e fixação de médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, administrativos e demais trabalhadores com salários dignos e valorização das suas carreiras. A discussão da localização, que cabe ao governo decidir, apenas tem servido para protelar a construção do hospital”. De acordo com a comissão, PS, PSD, Chega, BE e IL não deram resposta.
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