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Câmara das Caldas quer levar mais de duas mil pessoas a Lisboa para reivindicar novo hospital

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Inconformada com a decisão do ministro da saúde de localizar o futuro hospital do Oeste no Bombarral, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, que reclama a instalação em terrenos de Óbidos e Caldas da Rainha, anunciou na passada segunda-feira, em conferência de imprensa, que vai realizar no dia 21 de outubro uma ação de protesto junto à residência oficial do Primeiro-Ministro e à Assembleia da República, pretendendo mobilizar mais de duas mil pessoas.
Conferência de imprensa nos Paços do Concelho para anunciar a ação de protesto

Inconformada com a decisão do ministro da saúde de localizar o futuro hospital do Oeste no Bombarral, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, que reclama a instalação em terrenos de Óbidos e Caldas da Rainha, anunciou na passada segunda-feira, em conferência de imprensa, que vai realizar no dia 21 de outubro uma ação de protesto junto à residência oficial do Primeiro-Ministro e à Assembleia da República, pretendendo mobilizar mais de duas mil pessoas.

O presidente da Câmara, Vitor Marques, revelou que a autarquia prevê fornecer transporte gratuito em 40 autocarros de 55 lugares, a que se juntarão mais alguns de juntas de freguesia e associações do concelho e viaturas particulares, para esta iniciativa, sob o lema “Unidos pela Saúde”, com a qual pretende sensibilizar o Governo para reverter a decisão, que considera ter sido tomada de forma “enviesada”.

A decisão de construir o novo hospital no Bombarral tem por base um estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste e que fundamentou a escolha da localização, decidida por um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde.

Um estudo elaborado pelo especialista em Ordenamento do Território e diretor do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), Sérgio Barroso, que já foi enviado a todas as entidades envolvidas na decisão e partidos políticos, reafirma que a opção pelo município do Bombarral “só é compreensível pelo facto de o Estado se ter eximido das suas responsabilidades”.

O parecer técnico do CEDRU, custeado pela Câmara das Caldas, recomenda que a localização escolhida seja “coerente com a realidade da procura efetiva e ser enquadrada por um planeamento regional da oferta hospitalar que considera toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, bem como a região de Leiria”.

A avaliação das localizações possíveis devia ainda, segundo o parecer, ser antecedida da identificação dos centros urbanos “que reúnem condições para acolher uma unidade hospitalar de âmbito regional”, o que, segundo o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) determinaria que o hospital teria que ser construído num centro urbano de média dimensão, o que não é o caso do Bombarral, sustenta a Câmara das Caldas.

“Um hospital para o Oeste tem que ser integrado naquilo que é a rede hospitalar nacional”, vincou Vitor Marques na conferência de imprensa em que anunciou o protesto. “Não concebemos que se vá construir um hospital para o Oeste e ao mesmo tempo se esteja a pensar que é preciso fazer uma ampliação no Hospital de Leiria ou no de Santarém para satisfazer as necessidades” que podem ser supridas pela nova unidade, frisou.

“Não é com o estudo da OesteCim nem com o relatório do grupo de trabalho que se suporta uma decisão desta natureza”, declarou o presidente da autarquia caldense, assegurando que os protestos vão continuar “até ficar demonstrado que a Câmara não tem razão”. O Município estuda ainda a possibilidade de impugnar juridicamente a decisão do ministro, por ter sido tomada “de ânimo leve e sem ter em conta tantos fatores”.

Numa carta enviada às associações do concelho, Vitor Marques apela a que todas as forças vivas participem nesta marcha, sublinhando que “é com orgulho que afirmamos que não desistimos e que estamos cada vez mais unidos pela nossa saúde e conscientes da necessidade de continuarmos a lutar”.

Alerta igualmente que a construção no Bombarral “também implica o encerramento do Hospital das Caldas da Rainha”.

A marcha em Lisboa, no seguimento de reuniões com partidos políticos e associações para debater as medidas a tomar, vai realizar-se a um sábado, mas o autarca espera “ter a oportunidade de ser recebido” na Assembleia da República, porque “é um assunto de bastante importância e relevo”.

Recordou também que “não foi correto o ministro da saúde ter feito uma visita ao hospital das Caldas da Rainha logo após a sua posse e não ter informado o Município para o acompanhar”.

Por outro lado, “fizemos dois pedidos para sermos recebidos pelo Primeiro-Ministro e não fomos, e agora esperamos ser”, vincou, adiantando que a autarquia chegou a ponderar boicotar a receção de ministros que vieram às Caldas da Rainha na semana passada a propósito da iniciativa “Governo Mais Próximo”. “Mas isso seria fazer exatamente igual ao que não concordamos”, sublinhou.

“O que temos é um anúncio do ministro da saúde, que há-de ou não ser ratificado pelo Governo, e o que estamos a fazer é mostrar que não há condições para isso”, indicou.

De acordo com Vitor Marques, as Câmaras de Óbidos e de Rio Maior “têm acompanhado esta dinâmica, temos conversado com ambos, estão disponíveis para continuar a apoiar e estamos em crer que vamos ter também o acompanhamento dos Municípios e dos munícipes destes territórios, como também de Alcobaça e de Peniche, que não deram a voz autárquica a esse nosso propósito, mas temos pessoas da Benedita, Alfeizerão, São Martinho, Serra d’El Rei, Atouguia e Peniche que nos acompanharão neste desafio”.

Em relação aos restantes concelhos do Oeste, o edil caldense disse respeitar a sua posição, embora não concorde nem perceba “como se sentem confortáveis em ter uma posição sem bases”. “Estamos em democracia e mantenho um registo calmo e sereno, mas do outro lado, um ou outro teve um comportamento mais exaltado”, revelou, adiantando, contudo, que não se sente ostracizado no seio da OesteCim.

Quem quiser usufruir de transporte para ir à ação de protesto deverá inscrever-se via online (https://bit.ly/Inscricao_Unidos_pela_Saude), nas Juntas de Freguesia ou na Câmara Municipal. A partida das Caldas da Rainha será pelas 13h30 e regresso de Lisboa pelas 18h30.

A autarquia estima o custo da contratualização dos autocarros em 16 mil euros, mas Vitor Marques justifica que “para o Município que investiu já 725 mil euros para a reabilitação da maternidade e obstetrícia [do Centro Hospitalar do Oeste], coisa que mais ninguém [das autarquias] fez num investimento de 1,2 milhão de euros, não estamos a defraudar o erário público”.

A comitiva será engrossada com a participação de bandas, ranchos, fanfarras e bombos. “Não vamos fazer uma festa, mas vamos fazer notar a nossa presença, de forma correta e ordeira”, manifestou o presidente da Câmara, que desafia os participantes a “levarem um lanchinho para partilharem em convívio”.

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