Perto de 30 hectares de mato e eucalipto arderam na Serra de Montejunto, envolvendo os concelhos de Cadaval e Alenquer, na passada quarta-feira, num incêndio que mobilizou no combate às chamas doze meios aéreos, um número de que não há memória na região Oeste.
A grande quantidade de aeronaves disponibilizada – da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e da Afocelca, agrupamento complementar de empresas para proteção contra incêndios que integra o dispositivo nacional de defesa da floresta – deve-se ao facto de não haver na mesma altura outro grande incêndio ativo no país, pelo que os meios utilizados em rotatividade se revelaram eficazes para o desfecho feliz de não ter havido casas afetadas nem pessoas feridas, para o qual também contribuíram os 189 operacionais dos bombeiros, proteção civil, GNR e outras entidades, apoiados por seis dezenas de viaturas e uma máquina de rasto.
Dado o alerta pelas 14h15, o fogo foi considerado dominado pelas 20h45. Foi uma maratona de seis horas e meia em que se encontraram algumas dificuldades. “Foi um incêndio alinhado pelo declive e pelo vento, com uma progressão muito rápida, numa zona de difícil acesso”, relatou Rodolfo Batista, segundo comandante regional do Oeste da ANEPC.
A preocupação foi que o fogo não chegasse às povoações próximas da área da serra ardida, mas nenhuma casa esteve em risco. “Nem habitações nem pessoas, tivemos o cuidado de que os combatentes não se aleijassem e não houvesse acidente nenhum com veículos”.
Para as operações esteve cortada ao trânsito a ligação entre as povoações de Cercal e Rocha Forte, no concelho do Cadaval. O posto de comando foi instalado no cruzamento para a Murteira, onde se concentraram as viaturas das cerca de duas dezenas de corporações de bombeiros, que vieram de pontos distantes como Golegã, Pernes ou Póvoa de Santa Iria.
Na tarde desta quinta-feira houve um reacendimento, que foi rapidamente controlado. A origem do fogo está a ser investigada.
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