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Duplo pódio histórico de João Almeida no final do Giro d’Italia

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O ciclista caldense João Almeida (UAE Emirates) terminou o Giro d’Italia em terceiro lugar e no final subiu duas vezes ao pódio, porque para além da classificação geral foi distinguido com o prémio da liderança da juventude (camisola branca). Esta foi a melhor posição do corredor de A-dos-Francos em grandes provas internacionais, um feito para Portugal só comparável com o mítico Joaquim Agostinho, o primeiro corredor luso a ficar entre os três melhores de uma grande Volta (foi terceiro nas edições de 1978 e 1979 no Tour de France e segundo na Vuelta, em Espanha, em 1974).
João Almeida subiu ao pódio duas vezes

O ciclista caldense João Almeida (UAE Emirates) terminou o Giro d’Italia em terceiro lugar e no final subiu duas vezes ao pódio, porque para além da classificação geral foi distinguido com o prémio da liderança da juventude (camisola branca). Esta foi a melhor posição do corredor de A-dos-Francos em grandes provas internacionais, um feito para Portugal só comparável com o mítico Joaquim Agostinho, o primeiro corredor luso a ficar entre os três melhores de uma grande Volta (foi terceiro nas edições de 1978 e 1979 no Tour de France e segundo na Vuelta, em Espanha, em 1974).

“Parabéns, João Almeida. Pela primeira vez um ciclista português acaba a Volta a Itália em bicicleta no pódio da geral. É um dia de festa para o ciclismo nacional”. Foi desta forma que o primeiro-ministro, António Costa, na rede social Twitter, felicitou no passado domingo o jovem de 24 anos, que teve um grande desempenho ao longo das 21 etapas realizadas e que são sempre um enorme desafio para os atletas, ao ponto de muitos desistirem.

O ciclista das Caldas da Rainha comentou que espera “voltar ao pódio no futuro”, reconhecendo que ainda está “a crescer como corredor”. “Tive uma boa equipa a meu lado e sem ela teria sido impossível, pelo que estou muito orgulhoso deste trabalho de equipa”, afirmou.

A Federação Portuguesa de Ciclismo evidenciou alguns números que “ainda dão mais força ao significado histórico para o ciclismo nacional do feito de João Almeida”: Nunca baixou do quinto lugar da geral desde a primeira à última etapa, passando a maior parte da corrida em lugares de pódio. Nas etapas foi presença frequente nos lugares de honra. Numa prova em que dez etapas coroaram fugitivos, João Almeida fez top 10 em oito tiradas. Por outro lado, João Almeida é um dos melhores voltistas do mundo. Terminou nos dez primeiros 87 por cento das 23 provas por etapas em que participou desde que chegou ao WorldTour, em 2020. Fez pódio em 43,5 por cento das provas por etapas que correu desde 2020.

“És um enorme motivo de orgulho para todos nós”, o comentário da Junta de Freguesia de A-dos-Francos, sintetiza o teor das inúmeras mensagens proferidas por entidades e personalidades.

Na última etapa, João Almeida confirmou o terceiro lugar, a 1 minuto e 15 segundos do vencedor da 106.ª edição do Giro d’Italia, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), e a 1 minuto e 1 segundo do britânico Geraint Thomas (Ineos Grenadiers), que ficou na segunda posição. Por equipas, a Bahrain-Victorious foi quem triunfou, à frente da Ineos Grenadiers e Jumbo-Visma. A equipa de João Almeida ficou no quarto lugar.

Para além do lugar no pódio e da camisola branca, o ciclista caldense conquistou a 16ª etapa, que na altura o colocava na segunda posição da geral.

“Estou muito feliz, é um sonho tornado realidade. Depois de quatro anos em que estive tão perto e tão longe ao mesmo tempo, consegui finalmente e estou muito feliz. Não tenho palavras para descrever”, manifestava o ciclista caldense após ganhar ao sprint frente ao então novo líder, Geraint Thomas, de quem estava apenas a 18 segundos de distância.

O corredor das Caldas da Rainha tornou-se no terceiro português a vencer uma etapa no Giro d’Italia, depois de Acácio da Silva (venceu duas etapas em 1985, duas em 1986 e uma em 1989) e Rúben Guerreiro (venceu uma etapa em 2020).

“No final, sentia-me bem e arrisquei. Se não arriscares nunca vais saber. Eu arrisquei e consegui. Eu quero sempre mais. Se me sentir bem, vou atacar e se não atacar é porque não me estou a sentir bem, mas vou dar sempre tudo até ao fim”, referia o atleta de A-dos-Francos, que no regresso a Portugal foi recebido em apoteose no aeroporto de Lisboa e na sua terra-natal.

O ciclista tornou-se um ídolo e reflexo disso foram as muitas bandeiras portuguesas vistas ao longo das estradas percorridas pelo Giro D’Italia.

1º Prémio João Almeida

Apesar de procurar descansar, o ciclista vai ter os próximos dias preenchidos, destacando-se a presença como homenageado no 1º Prémio João Almeida, a ter lugar a 8 de junho, numa organização da Associação Escola de Ciclismo do Oeste (AECO) e da Junta de Freguesia de A-dos-Francos.

Às 9h30 realiza-se a prova de escolas e cadetes femininos, às 12h a prova de cadetes masculinos e juniores femininos, e às 15h a prova de juniores masculinos.

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