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Timorenses abandonados acolhidos na Pousada da Juventude de Alfeizerão

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Cerca de 40 timorenses estão alojados desde a passada quarta-feira na Pousada da Juventude de Alfeizerão por alegadamente terem sido abandonados por quem os contratou para virem trabalhar para Portugal, acabando por serem encaminhados pela Segurança Social de Leiria por se encontrarem sem dinheiro para comer e local para morar.
Cerca de 40 timorenses estão alojados na Pousada da Juventude

Cerca de 40 timorenses estão alojados desde a passada quarta-feira na Pousada da Juventude de Alfeizerão por alegadamente terem sido abandonados por quem os contratou para virem trabalhar para Portugal, acabando por serem encaminhados pela Segurança Social de Leiria por se encontrarem sem dinheiro para comer e local para morar.

Segundo revelou à agência Lusa o presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, o grupo, constituído na sua maioria por jovens entre os 20 e os 30 anos “veio para Portugal com contrato de trabalho, mas terá sido enganado”, já que não estão a ser pagos e, “por via disso, ficaram abandonados e completamente desprotegidos e desnutridos”.

De acordo com o autarca, “na quinta-feira foi feita uma reunião técnica entre os serviços de ação social da Câmara e técnicos da Segurança Social, para fazer um levantamento de necessidades mais imediatas, nomeadamente ao nível de roupa que já foi disponibilizada”. Está garantido o fornecimento de refeições na Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão.

A Câmara Municipal, em parceria com a Segurança Social, está a avaliar a possibilidade de se encontrar trabalho na região para os imigrantes, tendo Hermínio Rodrigues apelado “aos empresários locais no sentido de poderem manifestar disponibilidade para os receber, dentro das necessidades de mão-de-obra existentes na região, porque encontrar um emprego é fundamental para resolver a situação destas pessoas”.

A falta de trabalho em Timor-Leste está a provocar um êxodo de trabalhadores, com Portugal a tornar-se um dos principais destinos, uma vez que não necessitam de visto por um período de 90 dias.

A situação está a levar ao aparecimento de agências e de anúncios a tentar enganar jovens timorenses, a quem são cobradas quantias avultadas com a promessa de trabalho ou vistos.

Os timorenses que chegam a Portugal são sobretudo homens, jovens, com poucas qualificações e que não dominam a língua portuguesa. Sem trabalho e sem alojamento, muitos dos jovens tornaram-se sem-abrigo.

A secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, revelou à Lusa que o Alto-Comissariado para as Migrações identificou 825 cidadãos timorenses a viver em Portugal em situação de vulnerabilidade e quase 500 foram realojados em várias localidades do país.

Em setembro o Município das Caldas da Rainha acolheu 40 imigrantes timorenses que foram dispensados da apanha da fruta. Foram alojados em duas Zonas de Concentração e Apoio à População das Caldas da Rainha, instalações geridas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, após a autarquia ter sido contactada pela Autoridade para as Condições do Trabalho para dar-lhes apoio humanitário.

Os 38 homens e duas mulheres, alguns deles com menos de 18 anos, encontravam-se há cerca de três meses nas Caldas da Rainha.

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