A poluição na Lagoa de Óbidos e a falta de fiscalização adequada foram as principais queixas apresentadas pelos quase 400 inquiridos que participaram no inquérito sobre a Lagoa de Óbidos, desenvolvido pela Associação de Defesa do Paul de Tornada – PATO, no âmbito do estágio curricular do aluno do curso de Turismo da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, David Costa. Esses resultados foram divulgados, no passado dia 28, na Casa José Saramago – Biblioteca Municipal de Óbidos.
Este inquérito teve como objetivo ajudar a conhecer melhor a perspetiva da comunidade local sobre os problemas atuais da Lagoa, a nível ambiental e de fiscalização, mas também em relação à criação de um plano de gestão do espelho de água da Lagoa.
De acordo com Sara Moreira, da Associação Pato, “através do inquérito conseguimos perceber quais são os principais problemas e fragilidades ligados à Lagoa de Óbidos e constatar que é necessário unir esforços na sensibilização e educação ambiental para a preservação deste ecossistema”. A par disso também se concluiu que as principais queixas centram-se na poluição da Lagoa e a falta de fiscalização adequada.
“A pressão turística poderá ser uma ameaça, no sentido em que parece não haver uma definição das zonas onde se deve potenciar o turismo e das zonas onde este deve ser evitado”, adiantou Sara Moreira.
Relativamente às dragagens, a responsável referiu que “a comunicação entre as autoridades competentes e a comunidade deve ser melhorada, pois neste momento existem muitas opiniões diversas e dúvidas que podem ser facilmente esclarecidas. Constata-se ainda que seria benéfico a definição de zonas de uso exclusivo à prática de certos desportos náuticos, pesca lúdica e pesca profissional, sendo necessária uma maior atenção para os problemas que afetam a pesca na Lagoa”. “Isto porque existem demasiadas atividades nas mesmas zonas da lagoa, que não são compatíveis”, apontou, destacando que “este inquérito será um ponto de partida para estudos mais aprofundados sobre a Lagoa de Óbidos, permitindo-nos perceber em que pontos nos devemos focar”.
Na sessão também participaram o vice-presidente da Câmara Municipal de Óbidos, José Pereira, e o secretário do presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, António Vidigal, entre outras entidades.
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