A suspensão da atividade cirúrgica no âmbito da neoplasia da mama tinha sido determinada pela direção executiva do SNS, na sequência do relatório do grupo de trabalho para a elaboração da rede de referenciação hospitalar de cirurgia geral.
O documento defendia a restrição do tratamento cirúrgico do cancro da mama “a instituições que realizem pelo menos 100 cirurgias/ano e que tenham pelo menos dois cirurgiões dedicados”.
No caso do hospital das Caldas, onde o tratamento ao cancro da mama é realizado há várias décadas no âmbito de um protocolo com o Instituto Português de Oncologia de Lisboa, faziam-se cerca de 50 cirurgias por ano.
No entanto, os responsáveis alertaram para o facto de que com a criação da ULS, que integra os centros de saúde de toda a região, esse número irá aumentar para cerca de 160 intervenções por ano.
Até agora os médicos de família no sul do Oeste enviavam os doentes para hospitais em Lisboa, mas esta mudança estrutural fará com que o hospital das Caldas passe a ser a unidade de referência para estas cirurgias em toda a região.
O presidente da Câmara das Caldas, Vitor Marques, mostrou-se muito satisfeito com esta decisão e salientou o trabalho conjunto realizado pelos vários envolvidos neste processo.
O JORNAL DAS CALDAS já tinha noticiado o levantamento desta suspensão, anunciado pelo deputado Hugo Oliveira, mas faltava a confirmação oficial
De acordo com a administração da ULS do Oeste, o serviço está a agora a organizar-se para a retoma rápida da atividade.
0 Comentários