“Gostava de sublinhar que esta não é apenas uma declaração oficial, mas um compromisso pessoal que assumo como secretário de Estado. Enquanto desempenhar esta função, vou garantir que este projeto avance e se torne uma realidade”, manifestou Pedro Machado, vincando que “o Governo está disponível para encontrar soluções, nomeadamente no apoio ao Grupo Visabeira, para que este projeto, que representa um sinal de esperança para as Caldas da Rainha, seja uma realidade”.

“Não tenho qualquer dúvida de que o hotel vai ser construído, uma vez que existe uma vontade expressa no programa que tutelamos, e sei que o diretor do Grupo Visabeira, Jorge Costa, está a trabalhar arduamente nesse processo”, afirmou o secretário de Estado ao JORNAL DAS CALDAS no fim da conferência.

Na sessão onde o governante foi um dos oradores referiu que a questão dos Pavilhões do Parque insere-se no âmbito do programa Revive, criado em 2016 pela então Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. “Este programa, que visa a requalificação de património histórico para fins turísticos, conta atualmente com 64 imóveis mapeados, alguns dos quais já foram objeto de concursos e contratos. No entanto, o programa continua, até hoje, sem suporte legislativo formal, ou seja, sem portarias, decretos de lei ou qualquer outro enquadramento legal que o consolide”, contou.

“É essencial garantir fontes de financiamento. Atualmente, estamos a trabalhar nesse sentido, em articulação com o Ministério da Coesão Territorial, o sr. ministro da Coesão e o sr. secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, para assegurar os instrumentos financeiros necessários ao avanço e concretização do programa Revive”, explicou.

Pedro Machado disse ainda que o deputado caldense, Hugo Oliveira, tem “acompanhado de perto todo o processo comigo e, em particular, com o secretário de Estado da Coesão”.

“O processo de concessão ao Grupo Visabeira já está confirmado. O que estava em causa eram questões relacionadas com processos financeiros. Tal como em projetos semelhantes, como a Vista Alegre, foi necessário encontrar uma fórmula que permitisse ao grupo concessionário realizar o investimento, ao Município receber esse investimento e ao Estado, através dos instrumentos financeiros disponíveis, conciliar todas estas pretensões. Isso não tinha sido feito até agora, mas estamos a trabalhar para resolver esta situação”, afirmou Pedro Machado.

O secretário de Estado destacou ainda que a Visabeira conseguiu financiamento para projetos como o hotel em Alcobaça ou a recuperação da fábrica da Vista Alegre, demonstrando que a empresa tem capacidade para ultrapassar os desafios financeiros. “Estas não são soluções completamente novas, mas a transição entre diferentes quadros de financiamento criou um intervalo de tempo entre a decisão, a elaboração do projeto e o início da obra. Esse desfasamento, que já ocorreu em duas ocasiões, atrasou a concretização. Contudo, neste momento, existem todas as condições para que o hotel nas Caldas da Rainha avance”, reforçou.

Questionado sobre a prioridade do Grupo Visabeira relativamente ao hotel nas Caldas da Rainha, Pedro Machado respondeu: “Não sei se será o próximo projeto a avançar, mas sei que será um dos próximos. Tenho a certeza absoluta de que o hotel vai ser construído”.