A Associação de Dadores Benévolos de Sangue das Caldas da Rainha tem uma nova direção, que substitui os quatro elementos que estiveram durante um período transitório.
“Apareceu agora uma lista”, indicou José Augusto Alves, um dos elementos, a par de Carlos Marques, Antonieta Costa Faro, Helena Oliveira e Rui Vieira.
Está a ser seguido o calendário de colheitas que já estava estabelecido até ao final do ano, com uma colheita todos os meses, na primeira segunda-feira, das 15h00 às 19h30, na Expoeste.
“Temos também três colheitas por ano, ao sábado, nos meses de março, julho e novembro, sempre no último fim de semana do mês”, relatou Helena Oliveira.
O calendário anual está disponível na Expoeste e em alguns locais comerciais da cidade das Caldas da Rainha.
Helena Oliveira esclareceu que “há sempre uma consulta médica no local, após a inscrição, onde se faz uma triagem com a análise ao sangue, a picada no dedo, vendo a tensão e se está tudo bem”.
O candidato a dador é avaliado por um profissional de saúde qualificado que determina a sua elegibilidade para a dádiva de sangue, através de uma avaliação clínica e exame físico (como determinação do seu peso, altura, hemoglobina e tensão arterial).
Precisa de ter pelo menos 50 quilos, idade igual ou superior a 18 anos (as pessoas candidatas com 17 anos podem fazê-lo mediante consentimento dos pais) e ser saudável. A primeira dádiva após os 60 anos e dádivas para pessoas com mais de 65 anos dependem de critério médico.
Os benefícios para os dadores atualmente são limitados, embora as associações relacionadas com a Fepodabes – Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue estejam a tentar mudar o panorama.
Os dadores benévolos de sangue beneficiam da isenção do pagamento de taxas moderadoras nos hospitais no âmbito do Serviço Nacional de Saúde.
Para obter a isenção devem apresentar anualmente, junto do Centro de Saúde da área de residência, declaração comprovativa, emitida pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação, de duas dádivas de sangue nos últimos doze meses, incluindo candidatos à dádiva impedidos temporária ou definitivamente por razões clínicas, que tenham feito anteriormente dez dádivas válidas, ou declaração comprovativa de dador benemérito com mais de trinta dádivas de sangue na vida.
É aceitável um intervalo mínimo de dois meses entre dádivas desde que não se ultrapasse as três ou quatro colheitas de sangue no período de doze meses, para mulher e homem, respetivamente.
A falta de sangue nos hospitais é preocupante. “Estamos abaixo da reserva, especialmente o sangue tipo A e O, inclusive já têm sido adiadas cirurgias por causa disso”, vincou Antonieta Costa Faro, sublinhando por isso ser urgente doar sangue.
“Estamos a utilizar o edifício da Expoeste como local de recolha, assim como a Escola Superior de Artes e Design, a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, a Escola de Sargentos do Exército, entre outros, mas de facto estamos mesmo a precisar de uma sede”, referiu José Augusto Alves.
Atualmente a sede funciona apenas como escritório, sendo que o ideal seria igualmente ser o local das colheitas, o que se espera ser possível através da ajuda da Câmara das Caldas da Rainha.
A associação gostaria de incentivar a população mais jovem a dar sangue.
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