As Tasquinhas das Caldas terminaram no passado domingo com uma cerimónia de encerramento onde subiram ao palco os responsáveis das várias entidades que participaram naquele que é, durante dez dias, o maior restaurante da região.
Ao longo destes dias foram servidas milhares de refeições nas tasquinhas promovidas por 14 associações. No total havia mais de dois mil lugares sentados e, apesar de ser notório haver menos pessoas do que noutras edições, raros foram os dias em que à hora de jantar havia espaços vazios.
No final do evento, Vitor Marques agradeceu a todos os que colaboraram nesta edição, deixando o desejo que no próximo ano sejam mais as coletividades a participar com tasquinhas. Em 2025, o evento vai realizar-se de 8 a 17 de agosto. “Ponham nas vossas agendas, é muito importante a vossa participação”, pediu o presidente da Câmara.
O autarca pediu uma salva de palmas para os cerca de mil voluntários que ajudaram as associações na preparação e no serviço das refeições.
O presidente da Câmara agradeceu também às 35 associações e Instituições Particulares de Solidariedade Social que “mostraram o que de melhor temos no nosso concelho” e aos 35 artesãos que estiveram presentes com os seus trabalhos.
Tal como o apresentador, João Carlos Costa, subiu ao palco com a t-shirt do movimento “Eu Luto Pelo Hospital”. Vitor Marques aproveitou para se referir à importância de se conseguir que o novo hospital seja construído nas Caldas da Rainha.
Nas Tasquinhas houve também um espaço mais notívago, com sete bares a servirem bebidas e música com dj’s, todas as noites.
Antes da cerimónia de encerramento, foram ainda entregues as ofertas de participação no carnaval às associações e coletividades.
Foram também sorteadas as rifas vendidas pelo Grupo Motard São Rafael, no âmbito da campanha de angariação de fundos para ajudar a família do bebé caldense Duarte, que foi diagnosticado com uma síndrome muito rara e está a ser tratado em França.
Pratos de codorniz do Landal com muita procura
Embora algumas tasquinhas apresentem pratos mais normais de encontrar no dia-a-dia, são as especialidades locais que mais atraem os visitantes do evento.
O coelho da Mata de Porto Mouro, as enguias do Nadadouro e os pratos de codorniz do Landal fazem parte desse lote, sempre com muita procura e sem dias de descanso para todos os que trabalham nestas tasquinhas.
A presidente da Junta do Nadadouro, Alice Gesteiro, revelou ao JORNAL DAS CALDAS que a tasquinha da associação da sua freguesia teve muito sucesso ao longo do evento e contou com muita ajuda dos voluntários.
“A participação é muito importante para as instituições. Dá muito trabalho, é uma canseira, mas fazem aqui uma boa receita”, comentou.
Alice Gesteiro é também presidente do Centro Social do Nadadouro, que chegou a ter uma tasquinha na Expoeste, mas que não regressou depois dos anos da pandemia da Covid-19, porque era uma grande sobrecarga de trabalho. Mesmo assim, mantém-se a sua presença num stand.
Menos otimista estava José Manuel Eduardo, presidente do Grupo Desportivo do Landal, que considera que este ano houve uma redução de cerca de 30% das receitas obtidas em relação a 2024.
O clube foi fundado em 2009 e desde essa altura que tem participado nas Tasquinhas, sempre com destaque para a codorniz grelhada. Afinal, o Landal é a capital da codorniz e esta é uma boa altura para provar os pratos preparados por quem melhor os sabe cozinhar.
José Manuel Eduardo lamentou que, ao contrário que acontecia anteriormente, cada vez há menos voluntários e a coletividade já tem de pagar à maior parte dos colaboradores.
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