Hugo Oliveira
“Não vou desistir do Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha, só porque há por aí quem se preocupe mais em me atacar e ao PSD do que em defender as Caldas da Rainha”, manifestou Hugo Oliveira, deputado caldense na Assembleia da República.
“Os caldenses podem continuar a confiar em mim tal como o fizeram claramente nas últimas legislativas porque eu estou na linha da frente na defesa das Caldas da Rainha. O resto são apenas manobras de diversão para justificar fracassos e falta de estratégia e liderança de alguns”, afirmou, em resposta às críticas de elementos ligados ao Vamos Mudar sobre a abstenção na votação na Assembleia da República em que foi recomendado ao Governo que garanta a construção do Hospital do Oeste no decorrer da atual legislatura e o faça no local atualmente definido, ou seja, no concelho no Bombarral.
Hugo Oliveira explicou que o PSD absteve-se “por ser extemporâneo e por entender que compete ao Governo a decisão”, argumentando que o partido “também foi claro a defender um hospital e um estudo sério de localização”.
O social-democrata sustentou que as críticas de que foi alvo “têm um único objetivo de confundir as pessoas”. “Quero deixar claro que informei sempre o senhor presidente da Câmara da estratégia que na qualidade de deputado tenho seguido neste processo. Todos sabem qual tem sido a minha posição na defesa do Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha. É conhecida e com prova pública de intervenção em vários locais. Todos os caldenses receberam inclusive na sua caixa de correio a minha posição bem vincada sobre este assunto”, declarou.
O deputado relatou que “no dia 16 de Maio foram discutidas na Assembleia da República duas petições, uma a defender o Hospital do Oeste nas Caldas da Rainha e outra a defender no Bombarral. Nesse mesmo dia o meu colega deputado Miguel Guimarães, comigo ao seu lado, fez uma intervenção onde apresentou claramente a posição da bancada do PSD, onde fica claro que o PSD entende que o processo não foi bem conduzido”.
“No dia seguinte foram votados vários projetos de resolução (para quem não sabe, servem para recomendar ao Governo determinada coisa, sem caráter vinculativo) apresentados por vários partidos. Na sua grande maioria tinham como objetivo a definição da localização do hospital do Oeste no Bombarral. O PSD não apresentou nenhum projeto de resolução e verbalizou que esta era uma matéria de decisão do Governo”, descreveu o social-democrata.
“Tendo sido aprovados alguns desses projetos de resolução, baixaram os mesmos à comissão de saúde para promover uma redação conjunta. Em resultado foram votados os mesmos projetos de resolução em texto conjunto no dia 4 de julho, onde os partidos mantiveram o mesmo sentido de voto”, indicou.
PSD caldense defende deputados do partido
A Comissão Política do PSD das Caldas da Rainha emitiu entretanto um comunicado em que afirmou que o PSD e os seus deputados eleitos na região têm sido “injustamente acusados de não se baterem pela defesa da construção de um novo Hospital para o Oeste em Caldas da Rainha/Óbidos”.
Lembrando que no dia 27 de Junho de 2023, Manuel Pizarro, então ministro da Saúde do Governo socialista, veio às Caldas da Rainha anunciar que a construção do novo hospital do Oeste seria no Bombarral, o PSD caldense sublinhou que “este anúncio não foi confirmado em reunião de Conselho de Ministros pelo que não tem qualquer validade”.
Por outro lado, “o PSD das Caldas da Rainha nunca se conformou com este anúncio e promoveu juntamente com outras forças políticas e movimentos de cidadãos, a assinatura de uma petição que contrariasse esta posição”.
“O nosso deputado Hugo Oliveira tomou várias posições públicas na defesa da construção do novo Hospital em Caldas/Óbidos e após as últimas eleições legislativas tem procurado sensibilizar o grupo parlamentar do PSD e o novo Governo no sentido de se reavaliar a localização”, frisou.
Segundo apontou, “foram a debate no parlamento os projetos de resolução sobre esta matéria e o PSD absteve-se porque, como defendeu o seu deputado responsável por esta área, o ex-bastonário da Ordem dos Médicos, dr. Miguel Guimarães, é a favor da construção de um novo Hospital no Oeste, a favor de investimentos nos atuais hospitais, mas não se pode votar a favor porque a localização deverá ser reavaliada”. “O Chega, CDS e a Iniciativa Liberal também se abstiveram”, acrescentou.
“Só nos podemos congratular com esta posição. É o melhor que podemos ter no momento, num processo gradual de inversão da decisão anunciada pelo Governo anterior do Partido Socialista. A posição do PSD no parlamento dá-nos esperança de que o atual Governo inicie um processo de reavaliação da localização”, transmitiu o PSD das Caldas da Rainha.
“Para nossa surpresa, os secretários da vereação da Câmara Municipal, nomeados politicamente pelo presidente Vitor Marques, quebram pela primeira vez a unidade que sempre existiu na defesa do Hospital das Caldas, fazendo nas redes sociais um ataque ignóbil com ofensas pessoais brutalmente agressivas e sem fundamento aos deputados Telmo Faria e Hugo Oliveira, particularmente a este último, como se tivessem feito algo que não deviam na luta da defesa do nosso Hospital”, referiu a Comissão Política do PSD das Caldas da Rainha, que manifestou solidariedade aos deputados e lamentou que o presidente da Câmara “não se demarque dos ataques que, sobre este assunto, foram proferidos ao PSD e aos seus deputados, numa linguagem ofensiva e despudorada, o que nos faz acreditar que as subscreve”.
Presidente da Câmara quer caldenses unidos
O presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha emitiu também um comunicado, rejeitando a recomendação aprovada na Assembleia da República, fazendo notar que nenhum partido ali representado “deu corpo às legítimas pretensões de Caldas da Rainha”.
Vitor Marques reafirmou ser contrário “a qualquer proposta, resolução, ou decisão que contenha no seu teor a indicação de construção do novo Hospital na localização definida pelo estudo promovido pela Cimoeste, designadamente no concelho do Bombarral”.
“A posição do presidente da Câmara de Caldas da Rainha tem sido consistente e irrenunciável, seja quando fala para os caldenses, seja quando fala com os representantes do Poder Central, tanto no atual quadro político nacional como no anterior. A posição do presidente da Câmara e do Movimento que o elegeu não vacilou em qualquer circunstância, por afirmação ou por omissão”, vincou.
“A nossa posição não se resume a uma defesa territorial cega, antes se encontra defendida em parecer técnico, que aponta graves insuficiências e deficiências nos critérios contidos no estudo contratualizado pela Cimoeste, parecer esse que o Governo se tem recusado a tomar em linha de conta. É com esta certeza que sublinho a importância de todos os caldenses se unirem e falarem a uma só voz, para defender o que já é seu, que faz parte da sua história e da sua identidade, sem se deixarem distrair pelo que é secundário, em detrimento do que é realmente essencial: a construção urgente do novo hospital do Oeste no nosso território”, declarou.
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