A Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO), com sede nas Caldas da Rainha, é uma das sete unidades locais de saúde que vão suspender a atividade cirúrgica no âmbito da neoplasia da mama, a partir de 1 de abril.
A decisão foi anunciada no passado dia 26 pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), tendo como base a análise do Grupo de Trabalho para a elaboração da Rede de Referenciação Hospitalar de Cirurgia Geral, no sentido de dotar a DE-SNS de uma proposta tecnicamente válida e adequada à realidade nacional.
A DE-SNS justifica que deve restringir-se o tratamento cirúrgico do cancro da mama a instituições que realizem pelo menos 100 cirurgias/ano e tenham pelo menos dois cirurgiões dedicados, sustentando ser útil a concentração do serviço em determinadas instituições.
“É condição essencial que o cancro da mama seja tratado com as condições institucionais adequadas, incluindo um grupo multidisciplinar com as valências implicadas no tratamento do carcinoma da mama e com um volume mínimo de doentes tratados, incluindo episódios médicos e cirúrgicos”, vinca a DE-SNS.
Em suma, pretende-se “melhorar os resultados clínicos numa área exigente e tal significa existir um conjunto de requisitos materiais e humanos, bem como um volume mínimo de atividade que confira experiência, qualidade e segurança às intervenções, de forma a trazer equidade às utentes, nas várias regiões do país”.
Os doentes serão referenciados para a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria ou para a Unidade Local de Saúde da Lezíria, em Santarém.
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