Carnaval infantil das Caldas
No dia 8 de fevereiro o JORNAL DAS CALDAS deslocou-se ao evento infantil e foi visível a alegria dos mais pequenos ao entrarem no pavilhão da Expoeste a gritar “discoteca”. O espaço estava decorado com confetes, serpentinas e muito brilho. O DJ colocou músicas carnavalescas, mas também os temas mais modernos que as crianças daquelas idades conhecem e apreciam.
Havia super-heróis, tropas, piratas, princesas, fadas, entre outros disfarces. Os mais pequenos foram desafiados a dar largas à imaginação pois o tema era livre e cada um escolheu a sua temática.
Segundo a vereadora com o pelouro da Educação na Câmara das Caldas, Conceição Henriques, o “não fazer o habitual desfile infantil na cidade foi uma decisão tomada pelo atual executivo por razões concretas com a estratégia de deixar de fazer corso e passarmos a fazer atividades diferentes”. A autarca disse que expressa também uma perceção que recolheram junto da comunidade educativa e da população que “sendo certo que era apreciado por muita gente, o corso também não era apreciado por muitas pessoas”.
“O desfile infantil em última análise resultava mais numa utilização das crianças para satisfação a quem ia ver do que propriamente aos mais pequenos. Se uma criança de oito ou nove anos já tem encaixe para andar várias vezes à volta da Avenida 1º de Maio a ser observada por adultos, uma criança de quatro anos ou de cinco nem sempre tem”, apontou a vereadora.
“O nosso objetivo é criar atividades de carnaval cujo destinatário sejam as próprias crianças”, afirmou.
No ano passado a autarquia proporcionou às crianças no carnaval o espetáculo protagonizado pelo Circo América, instalado ao lado da sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste, que de acordo com a autarca “foi muito bem-sucedido”.
“Como tivemos o circo no natal no Parque D. Carlos I, não fazia sentido termos a mesma atividade, então decidimos fazer uma festa com um DJ”. Tal como se fosse uma discoteca, houve também um bar onde cada folião tinha uma senha para pedir uma bebida e levavam ainda uma maçã.
A vereadora referiu ainda que houve a preocupação de não encher muito o pavilhão, daí que fizeram várias sessões para que as crianças tivessem mais espaço para brincar e correr “sem origem a encontrões e assim os professores também podiam ver os seus alunos com mais facilidade”.
Conceição Henriques destacou a segurança do evento, que envolveu toda a unidade de educação e eventos, o Serviço Municipal de Proteção Civil e a PSP das Caldas.
Professores também se divertiram na festa
Também os professores aderiram à festa e muitos mascararam-se e divertiram-se com os alunos.
O professor Luís Pedro, do 1º ano da Escola Encosta do Sol, realçou que “os pais gostam mais do desfile na avenida e as crianças acho que se divertem mais numa festa deste tipo”.
Já a docente do 4º ano, da Escola Primária do Avenal, Sofia Ferreira, disse ao JORNAL DAS CALDAS que o desfile tradicional era “penoso devido aos tempos de espera e pelo facto de terem que seguir um percurso imposto com paragens”.
“No ano passado o circo resultou lindamente, eles adoraram e foi uma iniciativa incrível, porque o espetáculo foi mesmo dedicado a esta faixa etária”, relatou, acrescentando que este ano “eles estão livres a fazer aquilo que mais gostam, que é brincar uns com os outros, sem ter um tema imposto”. “Eles estão felizes e isso é o mais importante”, adiantou.
Considerou que para os professores e auxiliares “a festa é mais fácil de gerir, porque o desfile com crianças desta idade é muito difícil”.
Também a educadora infantil do Centro Escolar de Santo Onofre, Teresa Capinha, prefere o festejo na Expoeste uma vez que “é realizado num espaço fechado e as crianças divertem-se muito mais”.
A aluna Carolina Rocha, de 9 anos, disse gostar muito da festa. “Aqui podemos correr e dançar à vontade”, declarou.
O evento contou com a colaboração dos alunos do curso de Técnico/a de Ação Educativa (TAE) da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, que dinamizaram algumas atividades como pinturas faciais e enchimento de balões. A aluna Ana Cruz, que está no segundo ano do curso, disse que é importante “colaborar com os eventos infantis porque são conhecimentos e experiências que se adquirem para o futuro”.
A antiga diretora do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, Maria do Céu Santos, diretora do curso TAE, que acompanhou os seus alunos, vincou que o corso infantil “é mais giro para as famílias, mas os miúdos com esta iniciativa ficam a ganhar porque divertem-se mais”. “O desfile é doloroso e muito penoso para os mais pequenos devido ao percurso longo”, relatou.
Houve também colaboração da Escola Técnica Empresarial do Oeste (ETEO) com os alunos do curso de Animadora/a Sociocultural.
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