Com o bloco de partos da Unidade Local de Saúde do Oeste, nas Caldas da Rainha, fechado entre as nove da manhã de sexta-feira e as nove da manhã de segunda-feira durante o primeiro trimestre deste ano, aumenta a possibilidade de haver grávidas a dar à luz dentro de ambulâncias, enquanto estão a ser transportadas pelos bombeiros para outros estabelecimentos de saúde, como aconteceu na madrugada de 22 de janeiro a uma mulher residente no concelho de Peniche.
Os bombeiros da Lourinhã voltaram a ser os protagonistas, depois de nos últimos anos já terem acontecido vários nascimentos em que participaram. Segundo revelou a associação humanitária, “os bombeiros de 1ª André Mestre e de 3ª Pedro Silva formam a equipa no parto da pequena Sofia, quem sabe uma futura bombeirinha, que quis nascer na ambulância. Um parto, apesar de alguns constrangimentos, tranquilo e que contou também com a presença da VMER – Viatura Médica de Emergência e Reanimação”.
“Esta noite foi uma aventura que me marca para a vida pessoal e como bombeiro, apesar de que vai acontecer mais vezes. São situações como esta que me levam a perder dias e noites neste corpo de bombeiros, como voluntário com a vontade de ajudar o próximo”, comentou Pedro Silva na rede social Facebook, onde um cibernauta manifestou que “qualquer dia existe o grupo dos nascidos nas ambulâncias dos bombeiros da Lourinhã”.
Miguel Alves, pai de Sofia, transmitiu que foi “sem dúvida uma aventura que vamos recordar”, adiantando que a bebé e a mãe, Kelly Ferreira, “estão bem de saúde graças a esta equipa”.
O jornal Alvorada, da Lourinhã, noticiou que o nascimento de Sofia ocorreu pelas 02h15, na EN8-2, ao Km 8,9, entre aquele concelho e Torres Vedras.
O casal, residente em São Bernardino, no concelho de Peniche, tinha ligado para o 112 e o CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes havia encaminhado a grávida para o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, para onde Kelly Ferreira e Miguel Alves estavam a dirigir-se. Contudo, devido às fortes contrações, pararam na Lourinhã e ligaram novamente para o 112, tendo sido acionados os bombeiros lourinhanenses para transportar a grávida.
Devido à iminência do parto, tiveram mesmo de ser os bombeiros a concretizar o mesmo. André Mestre explicou ao Alvorada que o parto foi calmo mas “a pequena Sofia vinha com o cordão umbilical enrolado no pescoço”. “Estimulámos um pouco a bebé, que passados poucos segundos começou a chorar”, relatou. A equipa da VMER de Torres Vedras chegou pouco depois e cortou o cordão umbilical, acompanhando de seguida os bombeiros no transporte da mãe e da bebé para o Hospital Amadora-Sintra.
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