Um investimento de cerca de 40 milhões de euros vai reforçar os meios materiais e recursos humanos afetos à Proteção Civil. O anúncio foi feito pelo Ministro da Administração Interna, nas Caldas da Rainha, onde no dia 3 de janeiro presidiu à assinatura do contrato de aquisição de 45 veículos de combate aos incêndios rurais.

Foi nas obras em curso da ampliação da sede do Comando Sub Regional de Emergência e Proteção Civil do Oeste, junto ao Colégio Rainha D. Leonor, que José Luís Carneiro, acompanhado da secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, anunciou o investimento em curso, que abrange a Força Especial de Proteção Civil (FEPC) e os Bombeiros através de várias medidas.

“A Proteção Civil nacional tem cerca de 40 milhões de euros de investimento em curso, nomeadamente na implementação dos comandos sub-regionais e no seu desenvolvimento, ao nível das suas infraestruturas materiais e tecnológicas, na aquisição de veículos táticos-operacionais quer para as associações humanitárias (81 veículos, 14 milhões de investimento) quer para a FEPC”, descreveu o ministro.

A equipamento de proteção individual para os bombeiros, no valor de cerca de sete milhões de euros de investimento, junta-se o “investimento expressivo na capacitação dos recursos humanos por intermédio da Escola Nacional de Bombeiros, num esforço que ultrapassará os mais de 3 mil bombeiros que irão ser capacitados”.

Para além disso, está para breve “a abertura de 117 lugares para reforço de recursos humanos da FEPC”.

Na cerimónia de assinatura do contrato de aquisição de 45 veículos de combate aos incêndios rurais (três veículos ligeiros de combate a incêndios, 40 veículos de comando tático e dois veículos de operações específicas),por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), num investimento de 2,2 milhões de euros, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o ministro sublinhou que o objetivo é ter capacidade de intervenção “para cumprir a sua missão nacional e também para participar nas missões internacionais”.

O ministro garantiu que a Proteção Civil vai ter mais recursos, de transporte e de logística, e mais meios humanos e assegurou ainda que a FEPC vai estar em articulação com as corporações de bombeiros e cooperar com a Unidade de Emergência, de Proteção e Socorro da GNR para um planeamento eficaz do combate aos fogos florestais.

O presidente da ANEPC, Duarte da Costa, falou da implementação dos comandos sub-regionais. No caso da sede nas Caldas da Rainha, elogiou o presidente da Câmara porque “num prazo de dois meses se levantou uma sala de operações”, realçando a importância do “acompanhamento, vontade e ajuda permanente” de Vitor Marques.

Sobre a ampliação do espaço, explicou que “só não está mais pronta porque sofremos um pequeno percalço há cerca de várias semanas em que alguma das partes do edifício entrou em combustão [incêndio em dezembro]”.

Vitor Marques sublinhou a “ligação da Proteção Civil nacional com a Proteção Civil local. “Temos feito um investimento significativo naquilo que é Proteção Civil local, quer em meios humanos quer em meios técnicos para dar a melhor resposta”, avançou o autarca, mostrando satisfação por ter nas Caldas da Rainha a sede do Comando Sub Regional de Emergência e Proteção Civil do Oeste.