André Ventura, presidente do Chega, encerrou no passado sábado, no Pequeno Auditório do Centro Cultural das Caldas da Rainha, a reunião plenária da juventude do partido e elegeu a luta contra a corrupção como a principal missão a prosseguir, sublinhando que o “sistema de cunhas”, como classificou, que vigora em Portugal, tem de acabar, porque “destrói o país”.
A “gestão corrupta do dinheiro [público]” está na mira do Chega, que avisou: “Este não é o país que queremos”.
Segundo André Ventura, não pode ser “uma causa perdida”, por mais que “quem não tem [dinheiro] para comer ou para medicamentos, o seu problema não seja a corrupção”, mas “essas pessoas têm de compreender que enquanto nós não resolvermos este problema, não resolvemos os outros”, uma vez que “o dinheiro vai sempre para os mesmos”.
Para o líder do partido, os socialistas “nunca quiseram combater a corrupção”, pelo que “somos a única e a mais importante barreira entre o PS e a governação de Portugal”.
“Até podem o PS e o PSD decidirem juntar-se para impedir que o Chega governe”, disse André Ventura, defendendo que aqueles partidos “podem atrasar, podem limitar, podem condicionar” mas “é certo como o destino que o Chega vai ser governo em Portugal”.
Alertando que “a eleição de 10 de março não é uma eleição qualquer” mas sim “uma batalha pelo Estado de Direito”, o líder do Chega sustentou que “se o PS vencer, novamente, estas eleições, vai perseguir, vai condicionar, vai anular, se conseguir, vai prender todos aqueles que contribuíram para a sua queda do poder em Portugal”.
No seu discurso, André Ventura deixou também um recado ao líder do PSD, Luís Montenegro: “Pode juntar-se com quem quiser, com o CDS, com a Iniciativa Liberal, com o ADN, com os partidos todos que existirem à direita, mas no dia 10 de março o Chega vai ter mais votos que o PSD”. “Se se pensam unir para limitar o nosso resultado, é porque estamos no bom caminho”, manifestou.
Sobre os jovens, André Ventura revelou que vai pedir ao Presidente da República para que trave a lei de identidade de género, que é “de uma enorme imoralidade para as nossas crianças”.
Na sessão de encerramento, Rita Matias, coordenadora da Juventude Chega, recordou que “não há muito tempo tínhamos receio de afirmar publicamente que éramos do Chega, porque isso representava sermos censurados, afastados, ostracizados”.
“Para mudar o sistema precisamos de políticos corajosos e de jovens comuns que levem a nossa mensagem mais longe. Defender a democracia é dizer chega. O nosso compromisso até ao dia 8 de março [fecho da campanha eleitoral] é que os jovens do Chega vão continuar na rua, para levar a mensagem de mudança”, declarou.
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