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Município apresentou o Plano de Desenvolvimento em Saúde e Qualidade de Vida

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O Plano de Desenvolvimento em Saúde e Qualidade de Vida concluiu que Caldas da Rainha regista, em comparação com a média nacional e também do Oeste, uma maior taxa de doenças do aparelho circulatório e respiratório, diabetes, tumores (neoplasmas e malignos), doenças cardíacas e cérebro-vasculares e ainda transtornos mentais e comportamentais. De acordo com o documento o concelho tem também um maior índice de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.
O Plano de Saúde foi apresentado por Paulo Sousa, da Escola Nacional de Saúde Pública

Os dados foram divulgados por Paulo Sousa, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova de Lisboa, que elaborou em coordenação com Adalberto Campos Fernandes, antigo ministro da Saúde, o Plano de Desenvolvimento em Saúde e Qualidade de Vida do Concelho de Caldas da Rainha.

Com a transferência de competências da área da Saúde para as autarquias, incentivou a Câmara Municipal a procurar a colaboração da ENSP que, pela sua experiência técnico-científica, foi um parceiro “essencial na elaboração do documento estruturante, que depois de concluído servirá como pilar nas políticas e estratégias do município neste setor”, explicou a adjunta do presidente, Sara Oliveira.

Daí que teve lugar no passado dia 30, no auditório municipal, um fórum de debate, onde Paulo Sousa apresentou aos agentes de saúde do concelho e parceiros da rede social o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em torno da criação do Plano de Desenvolvimento em Saúde e Qualidade de Vida do Concelho e que permitiu realizar um diagnóstico das reais necessidades no âmbito da saúde.

Desafios principais na saúde

Paulo Sousa revelou que os desafios principais para a saúde do concelho das Caldas da Rainha são a “entrada em funcionamento de um novo hospital”. Mas enquanto isso não acontece existe uma premência para “reestruturar a unidade das Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) para responder à procura e deve ser modernizado com o intuito de aumentar a atratividade e cativar novos profissionais de saúde”.

Outro desafio é a nova realidade da Unidade Local de Saúde (ULS), que é uma “ocasião para melhorar e reforçar a integração de cuidados de saúde”.

“A componente termalismo é uma boa oportunidade para captar públicos e dever ser articulada em rede com outras instituições de saúde com uma aposta na modernização com o intuito de contribuir para o desenvolvimento económico do município e da região”, foi outro desafio apontado por este responsável.

Paulo Sousa revelou ainda que é evidente a dificuldade em garantir médico de família para uma percentagem importante da população do município das Caldas da Rainha e a necessidade de alargar oferta e diferenciação de cuidados hospitalares.

Referiu também a necessidade de reforçar a criação de ambientes e condições promotoras de estilos de vida saudáveis, envelhecimento ativo e promoção da saúde mental e ainda projetos sociais (melhoria das condições habitacionais, combate e prevenção ao isolamento social) e incentivo à mobilidade sustentável onde a câmara municipal das Caldas deve assumir um papel agregador.

Quanto aos Cuidados Paliativos Cuidados continuados e integrados, o estudo revelou que a capacidade instalada é insuficiente e pouco diversificada. Segundo o documento, existe uma equipa de cuidados continuados e integrados (ECCI) que faz parte da UCC Caldas/Óbidos e o Montepio Rainha D Leonor – Associação Mutualista tem 12 camas cuidados de convalescença.

Relativamente a um questionário feito aos munícipes foi solicitado mais iniciativas que promovam a atividade física de forma gratuita (como caminhadas, atividades em parques e jardins) nomeadamente junto da população jovem e idosa, realização de rastreios, mais ação conjunta entre entidades (como centro de saúde, escolas, empresas, IPSS).

De acordo com o questionário a população quer que o município aumente o número de espaços verdes, o número de vias pedonais, construção de ciclovias, melhorar a higiene urbana, maior número de ecopontos e melhorar a sua manutenção e limpeza, campanhas de sensibilização sobre sustentabilidade ambiental (reciclagem, mais utilização de transporte públicos, poluição).

Segundo Sara Oliveira, o fórum da saúde foi promovido com o intuito de ter a participação e contribuição ativa de todos. “O Plano de Desenvolvimento em Saúde e Qualidade de Vida do Concelho é o documento que dará as linhas estratégias para a Estratégia Municipal da Saúde e por isso é crucial serem auscultados os stakeholders que estão englobados na área da saúde e da promoção da qualidade de vida da comunidade caldense”, sustentou.

Assim ao decidir elaborar o “Master – Plan do Complexo Termal” e a “Estratégia Municipal de Saúde”, o município das Caldas pretende “articular diversos instrumentos de gestão territorial, mas também priorizar uma estratégia de intervenção que inclui uma vasta área do território prioritário de intervenção Núcleo Histórico das Termas e do Hospital Termal, o Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor”. “Pretende-se, também, com estes trabalhos, relançar a atividade termal em condições atrativas para novas procuras e novas experiências que exigem uma oferta inovadora e competitiva”, adiantou.

O presidente da câmara das Caldas, Vitor Marques, destacou a importância da prevenção e que há no plano um conjunto de “medidas que têm que ser realmente tomadas porque as realidades de hoje são diferentes e com estamos numa fase de transferências de competência na área da saúde e a Estratégia Municipal de Saúde é fundamental”.  

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