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Grande entrevista a Pedro Brás

“Ajudem-nos a desenvolver as Caldas da Rainha”

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Em entrevista dada ao JORNAL DAS CALDAS, o presidente da União União das Freguesias de Caldas da Rainha, Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório fez o balanço dos primeiros dois anos do seu mandato. Alega que o primeiro ano foi de aprendizagem, e que é altura de concretizar os projetos. Destacou o arranque das obras do Parque Verde do Areeiro, e em 2024, vão fazer a ligação do Coto à cidade das Caldas, com a pavimentação da Estrada Nacional 360. Quer uma cidade que “volte a ter vida” e que seja palco dos “melhores eventos”. Para o ano pretende no mês de julho levar o cinema ao ar livre no Parque D. Carlos I.
Grande entrevista com o presidente, Pedro Brás

Grande entrevista a Pedro Brás

Jornal das Caldas – Como tem sido a sua experiência como presidente da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório?  

Pedro Brás – Tem sido uma experiência bastante enriquecedora e uma aprendizagem incrível a todos os níveis.

É uma aprendizagem de matérias que eu tinha total desconhecimento, na vertente prática. Podia ter algum conhecimento teórico, mas na prática não tinha esse saber.

Destaco a parte humana, que é muito importante numa freguesia, porque é a entidade que está mais perto da população. Portanto, tem sido uma aprendizagem, de facto fantástica a todos os níveis. Para mim, é como se fosse um curso superior intensivo.

J.C. – Como foi mudar de vida como artista para um cargo político? 

P.B. – Eu não me considero um artista e não mudei de vida. Deixei de ter vida.

O cargo é desafiante e por vezes é violento. Sei o que é política, e garanto que não estou aqui a fazer política, e desta forma é mais desgastante. Não estamos sempre a dizer sim, como se faz na política, mas asseguro que estamos aqui para fazer.

Eu digo que deixei de ter a minha vida para passar a ter outra. Não tenho hora certa para almoçar e jantar, porque a qualquer momento sou chamado e também há muitos eventos e iniciativas que tenho que estar presente.  A população não tem essa perceção. 

J.C. –  Que balanço faz dos cerca de dois anos como presidente da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório? Considera que tem feito um bom trabalho?

P.B. – Considero o balanço extremamente positivo e é evidente que estou sujeito à crítica, porque não vou agradar a toda a gente e não fazer tudo bem feito.

O primeiro ano é de aprendizagem, e continua a ser, mas este executivo já fez mais até ao meio de 2023, do que fez em 2022. Já estamos mais à vontade e conseguimos perceber o que é que podemos fazer e o que é que não podemos fazer. 

J.C. – Qual a iniciativa que mais destaca, ou seja, que obra o marcou mais durante a sua função como autarca?

P.B. – Temos um projeto que é nosso, que foi o arranque das obras do Parque Verde do Areeiro, que vão bem encaminhadas. Não quero dar uma previsão para o fim da obra, mas foi iniciada por nós com uma certa envergadura.  Vai ser uma zona de lazer, com uma tabela de basquetebol, que fica numa urbanização antes de chegar à Fábrica do Areeiro.

Destaco duas obras importantes, tanto no cemitério do Coto como no de são Gregório, onde foram criados ossários (local destinado ao armazenamento de ossos num cemitério).

Com os dois cemitérios gastámos 36 mil euros, também com algumas requalificações.

Realço ainda a requalificação do polidesportivo da Encosta do Sol, por exemplo, foi outra das obras que também já fizemos este ano.

Adquirimos um autocarro novo, que estamos à espera que chegue, no valor de cerca de 140 mil euros, sendo 50% financiado pelo município das Caldas. 

Destaco os eventos que fizemos no Parque D. Carlos I no Natal (Jardim Encantado) e a Fábrica da Páscoa, que normalmente não aconteciam na nossa cidade, e que tiveram uma aceitação muito boa. Aliás, posso afirmar que foram eventos de sucesso que voltarão a acontecer com mais atividades.

Realço os concertos no mês de julho, também no parque, que naquele local são mais apelativos para as pessoas.

Em 2024, temos um projeto novo em parceria com o CCC – Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, que será cinema no Parque D. Carlos I. Já que temos palco montado, e temos as bandas aos fins de semana e às quartas ou quintas-feiras, no mês de julho teremos cinema ao ar livre. 

A grande obra que eu destaco para o próximo ano é a pavimentação do Coto para as Caldas da Rainha, ou seja, a calçada (passeio de um lado) da Estrada Nacional 360, para fazer a ligação do Coto para as Caldas. O projeto está feito, e no próximo ano é a nossa grande obra.

Vamos também fazer a requalificação de mais parques desportivos, e parques infantis, já que alguns estão em estado de degradação. 

J.C. – Quais as dificuldades e desafios que encontrou?

P.B. – Aquilo que nós encontramos foi a falta de conhecimento que nós tínhamos de como funcionava uma freguesia. Nenhum elemento do executivo tinha experiência autárquica. Essa já foi adquirida e agora fazer obra. 

J.C. –  Dentro das suas competências e possibilidades, o que está a pensar fazer para embelezar a cidade? Tem havido algumas críticas relativamente à falta de manutenção na jardinagem da cidade e freguesias. 

P.B. – Na cidade, a nossa responsabilidade é o Avenal,  Encosta do Sol e São Cristóvão. Depois no âmbito da União de Freguesia cabe-nos o Coto, a Lagoa Parceira, Fanadia e São Gregório.

O centro da cidade não é da responsabilidade da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório.

O problema maior que nós temos é com a deservagem, porque mesmo não sendo Eco Freguesia, não podemos utilizar nenhum tipo de herbicida. O que fazemos é o corte das plantas, e ao fazer esse corte, a planta quando cresce ainda engrossa mais. E é o que está a acontecer, atendendo ao clima que temos, húmido, as plantas crescem mais rapidamente. Depois também não temos matéria humana suficiente.

Temos aqui várias hipóteses, entre as quais, já pedimos orçamentos a algumas empresas para poder contratualizar fora, visto que nós não conseguimos fazer. Andamos a ver as situações com maquinaria, mas o preço é muito dispendioso e a qualidade não é compatível com o preço.

Como impedir que as ervas daninhas não cresçam, uma alternativa que se podia estudar, em que algumas cidades já fazem, que é colocar cimento nos paralelos para tapar entre as pedras, para que as ervas não cresçam. É um projeto a pensar em parceria com a autarquia. Considero que é uma ideia rentável para o futuro.

J.C. –  O antigo presidente da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, agora presidente do município, é conhecido no concelho pela sua vertente humana e valores. Quem é Pedro Brás? É difícil competir com a imagem do presidente da câmara?

P.B. – Não estou aqui para competir com ninguém.  Manifestei o meu apoio a Vitor Marques, quando ele decidiu candidatar-se, e depois surgiu o convite. Ninguém é igual, e ele é uma pessoa formidável com mérito, mas tenho a ambição de fazer melhor. Sei que é difícil, mas vou tentar. A maioria das pessoas não sabe quem é Pedro Brás, porque eu não tenho hábito de estar nos cafés.  Não sou de andar aí na política, mas gosto de falar com as pessoas e de ajudar quem mais precisa.

Quero destacar um projeto muito importante deste executivo na área da vertente humana, que é o caso de um senhor em São Gregório, que tomou conta de um idoso, que faleceu, e agora ficou sem casa, porque os familiares quiseram a habitação. Nós criámos num espaço em São Gregório, uma casa para ele viver, que nos dá uma mínima compensação, consoante a sua reforma.

Temos também uma senhora que vive na Fanadia, que com o mínimo de condições de salubridade, e nós limpámos a casa e já conseguimos eletricidade, fogão e televisão. Isso para mim são duas grandes vitórias do mandato.

J.C. – É importante a boa comunicação e colaboração com a Câmara das Caldas?

P.B. – Isso é fundamental, e tenho uma boa relação com o executivo do município, mas critico quando acho que algo está mal.

J.C. – Gosta de política? 

 P.B. – Gosto de política, só não gosto das assembleias municipais, porque é tudo menos política e muito pouco produtiva.

Eu gosto da verdadeira política!

J.C. – Como acha que é a melhor forma de ajudar o comércio e serviços na cidade das Caldas?

P.B. – Dar à nossa cidade o que ela tinha há um ano atrás, que é vida. Construir demora muito tempo, destruir é muito fácil. Aquilo que eu tenho notado, é que exigem a este executivo que façamos em dois anos aquilo que não foi feito em 20. Isto, vai demorar tempo, e temos que continuar a realizar eventos de sucesso, e temos que tornar a cidade mais bonita e apelativa.

J.C. – Como vê o futuro das Caldas da Rainha?

P.B. – O futuro das Caldas está muito dependente da construção do novo Hospital do Oeste na nossa cidade. Não acredito que o hospital vá para o Bombarral. Não podemos perder a nossa identidade! Não é nada contra o Bombarral, mas a nova unidade tem que ser nas Caldas da Rainha.

J.C. – Daqui a dois anos é a sua aspiração voltar a candidatar-se a presidente da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório pelo Vamos Mudar? 

P.B. – Só vou decidir no último ano. Uma coisa é certa, eu vou ganhar quando for as próximas eleições autárquicas. Ou ganho a minha vida de volta ou vou ganhar as eleições.

J.C. – Uma mensagem à população da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório.

P.B. – Se nós tivermos a ajuda dos fregueses, ganhamos todos.

Quero dizer também que este ano fomos distinguidos na categoria prata do Galardão Bandeira Verde – Eco-Freguesia. Portanto, subimos do patamar de bronze para prata.  A fasquia está alta, e queremos continuar a trabalhar na sustentabilidade. Para conseguirmos a distinção ouro precisamos da ajuda de todos.

pedro bras 2

Executivo aposta na sustentabilidade ambiental e subiu do patamar de bronze para prata de Eco Freguesias

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