Um bloco de rochas caiu ao final da tarde da passada segunda-feira da arriba junto à praia da Nazaré. Não causou feridos mas motivou preocupações quanto à segurança das pessoas que usufruem do areal, apesar da zona autorizada de permanência de banhistas estar delimitada e afastada do local.
A ocorrência, pelas 18h45, verificou-se numa altura em que já não havia ninguém próximo daquela zona da praia e só assim não houve riscos acrescidos. A Polícia Marítima esteve no local e mandou apenas afastar um jovem que fazia ioga.
Não chegou a causar feridos mas motivou preocupações quanto à segurança das pessoas que usufruem do areal, apesar da zona autorizada de permanência de banhistas estar delimitada e afastada do local.
A Capitania da Nazaré e a Associação de Nadadores Salvadores da Nazaré apelaram aos frequentadores da praia que cumpram a sinalética que alerta para não ultrapassarem a zona vedada e que cria um perímetro de segurança até agora considerado adequado, e se mantenham longe.
O desrespeito dessa proibição, punida com coimas, é que poderá originar situações de risco, pois, por vezes, há quem ultrapasse a área, expondo-se assim às baixas condições de estabilidade da arriba.
Pese embora a queda de massas rochosas com várias toneladas ocorrer frequentemente devido à instabilidade da arriba, esta derrocada poderá estar relacionada com descargas de água dos sanitários públicos no Sítio da Nazaré, que poderão ter provocado o desprendimento de um bloco que estivesse mais solto. A Capitania da Nazaré transmitiu aos serviços camarários para averiguarem a situação.
A Nazaré encontra-se referenciada como um dos pontos no litoral que apresenta maior risco. A Agência Portuguesa do Ambiente tem identificadas situações de perigo na arriba, nomeadamente a presença de três consolas calcárias fortemente destacadas, localizadas na secção superior, o edificado junto à crista da arriba, assente em blocos de rocha descalços, e drenagens pluviais que descarregam para a face da arriba, provocando a degradação.
Para além do projeto de maior envergadura de estabilização das arribas da Nazaré na zona do Sítio e na envolvente da plataforma superior do ascensor, está prevista uma intervenção preventiva da Agência Portuguesa do Ambiente, a partir de 8 de maio, para minimizar os riscos aos utentes da praia, que consiste no aumento de uma duna artificial e execução de uma vala de captação de eventuais blocos que caiam, impedindo que rolem para o areal onde se encontram os banhistas.
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