Um incêndio na garagem de um prédio de quatro pisos na cidade das Caldas da Rainha obrigou quinze dos dezanove moradores a pernoitarem em casa de familiares, amigos e numa unidade hoteleira, na madrugada de 11 de janeiro, para evitarem ficar intoxicados com a inalação de fumos, após as chamas terem provocado danos em duas viaturas.
“O quadro elétrico disparou, comecei a sentir um cheiro a queimado e dei com o cenário de muito fumo e explosões. Uma das minhas primeiras preocupações foi alertar toda a gente do prédio que saísse das suas habitações sãos e salvos e não houvesse ferimentos, principalmente havendo crianças”, contou ao Sónia Projecto, uma das moradoras.
Os bombeiros voluntários das Caldas da Rainha, alertados pelas 23h49 de 10 de janeiro, extinguiram as chamas e fizeram a extração dos fumos, prestando assistência a oito moradores, sem que tivesse havido necessidade de serem levados para o hospital. Os soldados da paz regressaram ao local mais tarde para sanar qualquer possível reacendimento.
Durante a manhã de dia 11 foi feita uma peritagem técnica por um engenheiro da divisão de obras da Câmara, acompanhada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, cujo coordenador, Gui Caldas, adiantou que “em termos estruturais concluiu-se que não há risco para o regresso de todos os moradores, que tinham saído como medida preventiva para não inalarem fumo”. Uma família – um casal com dois filhos menores – tinha sido alojada numa unidade hoteleira da cidade pela Proteção Civil, onze moradores ficaram em casa de familiares e amigos e outros quatros puderam permanecer no seu apartamento.
Os principais prejuízos causados por este incêndio, cujas causas estão ser averiguadas, verificam-se em dois carros que estavam na garagem e que foram atingidos pelas chamas. Contudo, as despesas com a limpeza das marcas deixadas pelo fumo nos apartamentos e na fachada do prédio, situado na Rua Ernesto Moreira mas cuja zona afetada fica na Rua Marquês de Pombal, devem ascender a vários milhares de euros.
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