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Apoio à Ucrânia no Agrupamento Escolas Raul Proença

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Cerca de mil alunos da Escola Secundária Raul Proença, nas Caldas da Rainha, juntaram-se em protesto contra a guerra na Ucrânia e fizeram um minuto de silêncio pela paz. No final todos gritaram “Paz na Ucrânia!”. Alguns vestidos de amarelo, outros de azul, e outros sem cores alusivas à Ucrânia, mas todos quiseram marcar a sua presença naquele momento, muitos com cartazes com mensagens de solidariedade com os ucranianos. "Resistimos Juntos, Vencemos Juntos”, foi uma das frases que se puderam ler nos cartazes, alguns escritos em inglês e outros em ucraniano.
Alunas com origens na Ucrânia e Rússia (ao centro) relataram angústias

Cerca de mil alunos da Escola Secundária Raul Proença, nas Caldas da Rainha, juntaram-se em protesto contra a guerra na Ucrânia e fizeram um minuto de silêncio pela paz. No final todos gritaram “Paz na Ucrânia!”. Alguns vestidos de amarelo, outros de azul, e outros sem cores alusivas à Ucrânia, mas todos quiseram marcar a sua presença naquele momento, muitos com cartazes com mensagens de solidariedade com os ucranianos. “Resistimos Juntos, Vencemos Juntos”, foi uma das frases que se puderam ler nos cartazes, alguns escritos em inglês e outros em ucraniano.

Durante a vigília que decorreu no campo de jogos da escola duas alunas, uma com origens da Ucrânia e outra da Rússia relataram aos colegas os seus sentimentos e angústias devido à invasão à Ucrânia. As jovens falaram dos direitos humanos e apelaram à não discriminação da comunidade russa em Portugal porque “não tem culpa daquilo que está a acontecer”.

Tatiana Tetyanych, aluna do 12º do curso de Ciências e Tecnologias, nasceu em Portugal, mas os seus pais são ucranianos. Relatou o sofrimento de “sofrer à distância” pela família que tem na Ucrânia. “O meu tio está a lutar na guerra e a minha prima com a sobrinha conseguiram chegar à Polónia e vêm para Portugal, mas tenho outras primas que ainda lá estão”, contou, adiantando que tiveram que fugir para os abrigos. A jovem adiantou que está a ser um momento muito complicado, nomeadamente para a sua mãe, que cresceu na Ucrânia e teve de emigrar para as Caldas.

Agradecendo a todos os donativos oferecidos pela comunidade escolar, que excedera em muito o que esperavam, Tatiana Tetyanych disse que “é muito bom saber que estamos todos juntos”. 

“A maioria dos russos está contra a guerra”

Anastasia Vrabie, do Núcleo Escolar Amnistia Internacional da Escola Secundária Raul Proença, foi uma das mentoras desta iniciativa, organizada em conjunto com a Associação de Estudantes. A jovem do 12º ano do curso de Línguas e Humanidades, nasceu em Portugal e a sua mãe é da Moldávia e o seu pai é russo. Segundo a jovem, a concentração na escola pela paz “pode parecer insignificante, mas o vídeo do minuto de silêncio vai chegar a essas pessoas e elas vão saber que não estão sozinhas e vai dar-lhes força e motivação para seguirem em frente”.

Ao JORNAL DAS CALDAS referiu que estão a organizar várias iniciativas e querem que cada turma escreva uma carta em inglês ou ucraniano para enviar à população.

Para esta jovem, “a maioria dos russos está contra a guerra”. Os seus pais “consideram a invasão russa muito injusta e incorreta”.  

A aluna considera que a escola deveria debater mais estes assuntos porque “o que está a acontecer na Ucrânia não é algo tão recente e já vem de provocações entre os dois países desde 2008 e em 2014 os conflitos agravaram, e acho que a maioria dos meus colegas desconhecem”.

“Não discriminar os russos”

João Silva, diretor do Agrupamento de Escolas Raul Proença (AERP), disse que a invasão à Ucrânia tem também dominado as conversas dos mais jovens e o AERP pretende “demonstrar a sua solidariedade para com o povo ucraniano e entende que, neste momento, nos devemos unir pelas pessoas e pelos direitos humanos daquele país”.

Quis com esta ação vincar ainda a mensagem da não discriminação aos russos porque “quem criou esta situação é alguém que dirige os russos”, relatou.

O responsável revelou que também outras escolas do AERP fizeram um minuto de silêncio pela paz, envolvendo um total de 2400 estudantes.

Vão decorrer mais iniciativas, uma delas é a continuação da recolha de donativos. 

Frequentam o agrupamento 25 estudantes ucranianos, 11 moldavos e 8 russos.  

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Um minuto de silêncio pela paz
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