Dezenas de pessoas, inclusive várias crianças, participaram, a 28 de setembro, numa ação de voluntariado que teve como objetivo pintar as traseiras do Palácio Real, que estavam completamente cobertas por pichagens.

A ação foi divulgada, poucos dias antes, no Instagram do Museu do Hospital e das Caldas, entidade que faz parte do Centro Hospitalar do Oeste e que está instalado naquele edifício.

“Este local voltará a ter a sua dignidade de volta”, referia a publicação, acrescentando que “iremos honrar este espaço, pintando estas paredes”, com uma imagem do Palácio Real coberto de pichagens.

A iniciativa foi dinamizada em conjunto com o coletivo “Casa Abaixo”, que nos últimos anos tem organizado festas e exposições, durante o Caldas Late Night (CLN), nas traseiras do Palácio Real.

“No CLN todos o celebramos e agora temos uma oportunidade de lhe trazer alguma dignidade de volta. Das 11h00 às 18h00 vai haver cerveja, tinta, pincéis e música”, referiam numa informação no Instagram, a convidar para a participação de voluntários.

Na sequência desta ação, o Museu do Hospital fez outra publicação nas redes sociais, indicando que o coletivo Casa Abaixo “tem tido presença assídua no CLN com a festa e exposições de artistas emergentes no Palácio, desde 2019” e que os seus elementos “aceitaram desde logo o desafio que lhes lançámos em maio deste ano, como uma das contrapartidas à utilização do espaço do anfiteatro”.

Segundo a coordenação do museu, “este grupo de jovens caldense já por diversas vezes colaborou com o museu na limpeza de vidros, corte de relva e lavagem desta zona”.

Em conclusão, é afirmado que “quando muitas vezes são acusados de forma injusta, estes e outros jovens são os primeiros a colaborar”.

Em maio, o JORNAL DAS CALDAS publicou uma notícia onde sublinhava que estas pichagens estão a “alastrar-se” para os edifícios em volta e começaram também a aparecer em partes mais sensíveis (em azulejo) do “Jardim da Água”.