Q

Previsão do tempo

12° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 15° C
12° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 14° C
  • Tuesday 15° C
14° C
  • Sunday 15° C
  • Monday 15° C
  • Tuesday 14° C

A vez dos professores

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
Há momentos nas nossas vidas em que a Medicina e a Enfermagem são indispensáveis e decisivas; mas que médicos e enfermeiros haveria sem professores? A Justiça é também importantíssima; mas pode haver juízes e advogados sem professores? O mesmo para arquitectos, engenheiros, maquinistas, aviadores, rabequistas ou hortifruticultores… ou professores. Não há país sem professores. Os professores estão antes de tudo, numa sociedade desenvolvida.

Há momentos nas nossas vidas em que a Medicina e a Enfermagem são indispensáveis e decisivas; mas que médicos e enfermeiros haveria sem professores? A Justiça é também importantíssima; mas pode haver juízes e advogados sem professores? O mesmo para arquitectos, engenheiros, maquinistas, aviadores, rabequistas ou hortifruticultores… ou professores. Não há país sem professores. Os professores estão antes de tudo, numa sociedade desenvolvida.

A lista dos 66 países que apresentam o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado é encimada pelos nórdicos. Para este IDH muito elevado contribui o nível médio de escolaridade, que resulta do investimento na Educação.

Na Alemanha, há a expectativa de uma média de 17,1 anos de escolaridade, sendo concretizados em média 14,1; na Finlândia, essa expectativa é de 19,3 anos, sendo a média da concretização de 12,4; em Portugal, só se espera andar na escola em média 16,3 anos, mas abandona-se mal completados 9,2 anos. Em Portugal, as expectativas, apesar de modestas, saem goradas, por não se cuidar do que é fundamental. Um país de ambição acanhada e com este nível médio de escolaridade só pode aspirar à mediocridade — turismo, empregos indiferenciados e emigração.

Segundo a Pordata, em Portugal, chegou-se a investir na Educação 5,1% do PIB, em 2001. De então para cá, só tem havido desinvestimento, tendo-se registado apenas 3,1% do PIB, em 2020. A média da UE é de 4,7%. Segundo o “Monitor da Educação e da Formação 2020” da Comissão Europeia, no período de 2010-2018, verificou-se em Portugal uma diminuição da despesa pública com a Educação de 24 % (menos três mil milhões de euros). Durante o mesmo período, a despesa média da UE-27 com a Educação aumentou 4 %.

Sabe-se que até 2030 serão necessários mais de 1500 novos professores de Matemática, mas há apenas 53 a formarem-se nas nossas escolas superiores de Educação. Passa-se mais ou menos o mesmo nas outras disciplinas. A inversão desta tendência não é imediata, e a cada dia que passa sem que seja feita justiça aos professores, mais se afasta potenciais candidatos à profissão e mais se acentua a instabilidade nas escolas e o prejuízo para os alunos e para a sociedade.

Não é possível haver tudo para todos. Jacques de La Palisse (que, tanto quanto se sabe, nunca disse nenhuma palissada) não diria melhor. Mas, por uma vez, tem de se dignificar a carreira dos professores, pagando o que se lhes deve e respeitando o seu estatuto profissional. Entre os corpos especiais da função pública, os professores são os únicos que não recuperaram a totalidade do tempo de serviço congelado. Por uma vez, tem de se dar primazia ao sector basilar do país.

A sociedade já o compreendeu. Este governo, para quem só importa sobreviver politicamente, é que ainda continua à espera de que as sondagens não se confirmem e de poder dar os usos perdulários do costume à folga de 3,2 mil milhões de euros, resultante do défice estrutural de 2022 inferior a 0,5% do PIB.

Escrevo segundo o anterior acordo ortográfico.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Artigos Relacionados

O frio e as constipações

Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a interação do corpo humano com o frio está principalmente associada ao canal da Bexiga (Bx). Este é o canal mais superficial e o maior do corpo humano, estendendo-se desde o canto interno dos olhos, contornando a cabeça, passando pelas costas e pela parte posterior das pernas, até ao dedo mindinho dos pés. Este é um dos canais mais trabalhados em clínica (mesmo por aqueles que não o conhecem como tal), pois é muito usado no tratamento de problemas nas costas, como lombalgias, bem como de condições crónicas noutros órgãos.

Artigo 17

Outras guerras — catástrofe no Sudão

As guerras de que se fala acontecem na Ucrânia, em Gaza e no Líbano, mas a que tem causado mais vítimas em termos absolutos, vítimas das armas, vítimas da fome, vítimas de doenças, tem sido a do Sudão. Desde há ano e meio, as forças armadas sudanesas (que depuseram Omar al-Bashir) e uma milícia árabe, as chamadas forças de apoio rápido, ambas lideradas por senhores da guerra e ambas com importantes apoios internacionais, lutam pelo poder. Nesta confrontação morreram já pelo menos 150 mil pessoas em combates e muitas mais de fome e doenças. Há também pelo menos 10 milhões de deslocados.

Francisco Martins da Silva

Viver a vida ao seu ritmo

A vida é feita de ritmos, desde os hábitos do dia a dia que compõem a nossa rotina até aos rituais mensais e anuais que se repetem vezes sem conta. Este fenómeno é extremamente valorizado na teoria da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). O abrir e fechar, o subir e descer, o criar e destruir são ciclos que nos permitem viver de forma ritmada e saudável. Por esta razão, quando ocorre uma quebra nestes ciclos, sem justificação por fatores externos (mudanças de emprego ou de situação social, por exemplo), podemos estar perante um desequilíbrio que facilita o aparecimento de doenças.

default2