Este instrumento, que foi concebido para melhorar o ensino e formação profissional (EFP) no espaço europeu, e que certifica a conformidade do ensino e formação profissionais, de acordo com o Quadro de Referência Europeu de Garantia de Qualidade, foi obtido em menos de um ano, mesmo com a pandemia.

“Há cerca de dois anos quando vim para esta escola percebi que não tinha nenhuma certificação de qualidade, no âmbito dos cursos profissionais” recordou o diretor do agrupamento, que juntamente com o docente e adjunto da direção, Miguel Ferreira, ficaram “preocupados, pois se não obtivéssemos essa certificação, não nos poderíamos candidatar mais a fundos, o que nos dá sustentação aos cursos profissionais”.

Nesse sentido, a instituição, através de uma equipa, começou por averiguar quais eram as áreas em que estava menos bem e posteriormente criou “um plano de ação tendo em vista criar novas dinâmicas”, frisou Miguel Ferreira.

Para o diretor pedagógico, “esta certificação vai conferir um estatuto à escola de entidade que forma bem os formandos, com um ensino de qualidade, no âmbito dos cursos profissionais, e ainda vai permitir ter uma oferta formativa em consonância com a procura no concelho”, apesar de este ano letivo o agrupamento ter optado por não abrir os cursos profissionais. Essa decisão também se deveu ao facto do instituição querer fazer “um ano de pausa” entre os cursos antigos e os novos já com todas as regras e mudanças impostas pelo EQAVET, no próximo ano letivo.

Entre as possibilidades da nova oferta formativa estão os cursos profissionais de gestão de equipamentos informáticos, no âmbito da cibersegurança, contando com uma parceria de uma empresa da região, e ainda a adaptação dos cursos de cozinha e pastelaria, e de restauração e bar para uma melhor adequação ao mercado de trabalho.

“Precisamos mais de cursos que se adequam às necessidades do mercado”, frisou o responsável.

A certificação europeia, que é válida por três anos, o período máximo aplicável, será também uma garantia no acesso aos fundos do Programa Operacional Capital Humano e ainda permite ao agrupamento integrar uma rede, trocando informações e aprendendo em conjunto.

Além deste certificado, a instituição tem também criado algumas dinâmicas para garantir o bem-estar psicológico das crianças, devido à pandemia.

No que diz respeito ao combate ao vírus, a escola tem atuado “proativamente”, através da implementação de “medidas rígidas e extremas no espaço”, como por exemplo os horários desfasados, circuitos e os bares e locais de convívio fechados. “Tudo isso tem surtido efeito e só registamos até à data cinco casos positivos, três em alunos e outros dois em docentes”, adiantou o diretor.