Esta iniciativa que junta em parceria o CLDS 3G, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha, a joalheira Sofia Tregeira e a Associação de Bordados das Caldas da Rainha, foi lançada na passada sexta-feira, no mezzanine do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (CCC). O projeto contou ainda com a colaboração de mais dois caldenses, André Sentieiro, diretor criativo e designer, e Miguel Lopes, fotógrafo.
De acordo com Sofia Tregeira, foi um “projeto que gostei bastante de desenvolver pois estava vocacionado para a minha área de trabalho, que é a joalharia”. Além disso sublinhou era um convite para desenvolver um trabalho na “terra que me viu nascer e que faço questão de levar o nome para fora”.
Para a joalheira caldense, “este não foi um trabalho fácil e durou meses, pois envolveu alguma técnica”. Contudo, confessou que “esta coleção não era aquele tipo de joias que eu tinha de fazer rapidamente para apresentar a uma cliente normal, por isso foi mais pensada”.
A coleção, que é constituída por colares, pulseiras e brincos, banhados a ouro, foi uma “forma de devolver as joias à rainha, que ficou despida delas”. Segundo a lenda, a rainha D. Leonor abdicou de todas as suas joias para ajudar o seu povo e construir o hospital local. Como tal, o povo das Caldas desenhou e criou um manto real com bordados para a rainha desfilar no cortejo real, originando assim o Bordado das Caldas.
Nesse sentido, Sofia Tregeira procurou que “cada peça correspondesse a um ponto dos lendários Bordados das Caldas”. Igualmente explicou que a coleção conta com peças mais simples e outras mais vistosas, complementadas com pedras naturais, como as pérolas, que permitem “dar um pequeno valor a algo que também é nobre, que não é só metal”. Por isso, “fiz questão de utilizar pérolas que fossem ao encontro dos tons que estão patentes nos bordados”.
Cada peça adquirida é assinada devidamente pela joalheira e acompanhada de um saco bordado pelas bordadeiras, que contém o mesmo ponto da peça em questão. Além disso conta com um flyer informativo, que explica a lenda em três línguas.
“A ideia não é só vender a joia, mas sim disponibilizar ao cliente o pacote completo”, disse Sofia Tregeira.
Para este trabalho, a caldense contou com o apoio das bordadeiras da Associação de Bordados das Caldas da Rainha, que foram “incansáveis no fornecimento de todo o material necessário para desenvolver as joias”.
Presente no lançamento esteve a presidente da Associação do Bordado das Caldas da Rainha, Principelina Louçã, que ficou muito satisfeita com o resultado final.
Já o vice-presidente da Câmara das Caldas, Hugo Oliveira, sublinhou que “esta devolução à rainha das suas joias tem uma importância muito grande, pois permite que Caldas seja cada vez mais reconhecida pelos seus produtos e pelos seus bordados”.
Para já, as joias encontram-se expostas no Posto de Turismo da cidade.
0 Comentários